Veja a situação de cada bairro
Publicada em 02/04/2013 às 19:15São Camilo
A análise do projeto de R$ 130 milhões aprovado no programa federal PAC 2 vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida (para 1,2 mil unidades, incluindo R$ 15 milhões de infraestrutura) indicou a construção imediata de 400 unidades na rua Giustiniano Borin e o reestudo das demais no bairro. “A ideia é remover o mínimo necessário das moradias boas, a construção de equipamentos comunitários e sistemas viários de mobilidade e segurança. Vamos receber técnicos do Ministério das Cidades nos próximos dias”, afirma Rodrigo. As mudanças contam com aval da Caixa Econômica Federal.
Uma das medidas é também usar a metodologia do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de dinamização da rede social para elaboração do “mapa verde”, de forma participativa com os moradores, inspirado em experiências de outros bairros.
Abrigo da Vila Graff
A precariedade de condições dos moradores alojados há mais de dois anos exigiu ações emergenciais em conjunto com outras secretarias. Uma licitação está sendo detalhada para lançar a construção de 28 unidades no formato inédito de “light steel frame”, uma estrutura baseada em aço que vai permitir dois prédios de quatro andares em poucos meses, com entrega prevista ainda para este ano. “Serão recursos próprios da Prefeitura”, explica. O local escolhido é uma área ao lado da Vila Padre Renato, na região do Parque Centenário.
Vila Ana
Com 108 unidades pendentes das 144 unidades previstas, o bairro vai ter um grande avanço com a licitação sendo aberta e as obras iniciando em julho ou agosto. “São recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, já contratados junto ao Ministério das Cidades. O plano é zerar essa pendência em dois anos”, explica Rodrigo. O bairro também vai ter atenção para sua rede social, presente em setores como a unidade do PSF (Programa de Saúde da Família), da Secretaria de Saúde.
Novo Horizonte
A construção de 581 unidades novas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional) está viabilizada pela doação da área, que agora está sendo repassada pelo órgão do Governo Estadual para o FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). “Mas a urbanização ali vai, além disso. O projeto executivo já está com empresa licitada. Vamos ter mais ruas, permitindo mudar e melhorar a estrutura do bairro e a habitação de seus moradores”, afirma Rodrigo. O bairro também tem uma forte experiência de rede social entre entidades e serviços públicos locais, que pode ajudar na redefinição de espaços. “Temos que pensar habitação como cidadania”, diz.
Jardim Tamoio
A presença de famílias remanescentes em regiões da Baixada Paranaense e Jardim Tamoio atrasou a remoção de entulhos do antigo hospital psiquiátrico, que abrigava a residência de centenas de famílias. “Estamos olhando essa questão em conjunto com o estoque de pessoas atualmente no auxílio-aluguel, um custo bastante alto para Jundiaí com R$ 800 mensais por família. Esse diálogo vai ser feito em rede com lideranças comunitárias”, explica Rodrigo. Ele destaca que a qualidade da parceria público-privada na construção dos residenciais Tupi 1, 2 e 3 não está em dúvida. “São prédios de qualidade, mas faltou o projeto de urbanização”, afirma. Anteriormente com um parque previsto, a área está em discussão para novos conjuntos habitacionais para mais 400 ou 500 unidades e equipamentos comunitários (inclusive praças). “As pessoas não devem perder os vínculos com sua região de origem”, explica.
Por José Arnaldo de Oliveira