Esforço reúne centenas de voluntários contra a dengue
Publicada em 05/04/2013 às 20:19A frase “verás que um filho teu não foge à luta” ecoou no quartel do 12º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha) durante o Hino Nacional como uma resposta à chuva torrencial das 8h, que marcou a saída das equipes para os bairros na principal ação da campanha “Dengue: Aqui Não!”, na sexta-feira (5), envolvendo soldados, estudantes e agentes comunitários de saúde em ação coordenada pela Secretaria de Saúde.
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“Para nós, é uma honra estarmos ombro a ombro com os civis nessa missão importante. Estes soldados são filhos da comunidade e colaborar é uma postura de longa data do Exército”, afirmou o coronel Luciano Antônio Sibinel, comandante da unidade.
O secretário de Saúde, Cláudio Miranda, representou o prefeito Pedro Bigardi e destacou o fato de que, apesar de ser privilegiada no controle de casos por esse esforço conjunto realizado há mais de dez anos, está dentro de um contexto de crescimento da doença no País. “A prevenção não é apenas mais eficiente, mas também mais barata para o sistema de saúde e para as pessoas que são salvas”, afirmou.
Os números confirmados em Jundiaí foram de 19 casos autóctones (contraídos de mosquitos na própria cidade), 31 importados (trazidos de outras cidades) e outro caso indeterminado, totalizando 51 casos. Mas ainda há suspeitas na fila de espera.
Reforço
Ao todo, 19 equipes deixaram o quartel pela manhã em direção aos principais bairros apontados como de alta concentração de criadouros do mosquito Aedes aegypti, apontados em levantamento realizado entre 26 de fevereiro e 11 de março. Em muitos bairros, os grupos de agentes comunitários de saúde reforçaram as equipes nas rondas pelas ruas.
No Jundiaí Mirim, a dona de casa Salete Maria Pedro abriu as portas de casa para uma das equipes e elogiou a iniciativa. “Eu tenho netos e bisnetos e preocupa muito o risco de dengue, qualquer orientação é importante”, disse.
Mas levou um aviso da coordenadora da equipe, Ivone Maria Correia, que atua no Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses. Um de seus vasos de plantas estava com água parada. A orientação correta é não utilizar pratinhos e similares sob os vasos de planta.
Pouco adiante, a moradora Júlia da Silva Peixoto, 78 anos, tirou nota dez nos cuidados para evitar água parada e sanou uma dúvida com a equipe sobre uma planta que mantém na cozinha, dentro de uma garrafa com água que troca todos os dias. O mais aconselhável é evitar essa prática.
As cenas se repetiram por toda a cidade, inclusive em depósitos de sucata ou reciclados, mas mesmo o esforço concentrado atingiu apenas uma parte dos mais de 130 mil imóveis do município. “O importante agora é cada um fazer sua parte contra a água parada onde os mosquitos se reproduzem”, destaca o coordenador do Centro de Zoonoses, Carlos Ozahata.
Continuidade
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, as chuvas fortes em diversos pontos do dia impediram a conclusão das metas da ação em alguns bairros nesta sexta (5). O trabalho será retomado pelos agentes comunitários de saúde na segunda (8). O balanço oficial da ação, que prevê 8 mil imóveis visitados, será divulgado na quarta-feira (10).
“O aspecto mais importante dessa iniciativa é o alerta transmitido pelas pessoas visitadas para o restante da população e, principalmente, o apoio da mídia para despertar a consciência para a eliminação dos criadouros do mosquito. Tivemos muitas amostras coletadas ao longo do dia”, afirma Ozahata.
Por José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Cleber de Almeida
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