População precisa ajudar a combater o mosquito da Dengue
Publicada em 13/04/2013 às 14:14Prevenção e orientação à população foram os focos do evento ‘Dengue: Aqui Não!’, realizado pela Prefeitura de Jundiaí, por meio do Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses. Mais de 500 pessoas, entre soldados do 12º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha), estudantes de medicina e agentes comunitários de saúde participaram da ação sob orientação dos agentes de Zoonoses. De acordo com os organizadores, foram visitados 10.608 imóveis, de cerca de 40 bairros.
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Houve a coleta de 117 amostras de larvas encontradas em 65 tipos diferentes de criadouros, sendo que 83 delas eram positivas para o Aedes Aegypti, o transmissor da dengue. “A presença de focos do mosquito indica que há criadouros disponíveis na cidade. Por isso, é importante que a população se conscientize e elimine todos eles”, diz o gerente do Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses, Carlos Ozahata.
Segundo Ozahata, os criadouros com larvas mais frequentes no evento deste ano foram as latas, frascos e plásticos (32,2%), pratos de vasos (26,2%) e pneus (6,2%). A soma de apenas esses três itens chega a 64,6%. Também foram encontradas larvas em bromélias (4,6%), piscinas (3.2%), cascas de árvore (1,5%) e lajes (1,5%). “Na maior parte dos casos os criadouros estão dentro da casa das pessoas”, alerta.
O gerente lembra ainda que o Aedes Aegypti está se adaptando cada vez mais às condições do centro urbano. “Há cerca de uma década, o mosquito precisaria de água limpa e parada para se desenvolver. Hoje, já encontramos larvas em água mais suja e corrente.”
Para Ozahata, a capacidade de adaptação está associada também à falta de preocupação da população em relação às medidas preventivas. “Não basta que o serviço público faça a sua parte; é essencial a parceria com os moradores. Infelizmente algumas pessoas continuam achando que a doença não pode acontecer com elas.”
Período epidemiológico
Só neste ano foram registrados 57 casos de dengue em Jundiaí. Destes, 21 são autóctones (contraídos na cidade), 35 são importados e um é indeterminado. Ozahata frisa que até o mês de junho o risco de transmissão da doença dentro da cidade merece atenção. Por isso, em caso de febre associada à dor no corpo (músculos, articulações e atrás dos olhos), manchas vermelhas pelo corpo, vômito, diarreia, é preciso procurar um médico.
É importante que o paciente informe na consulta os lugares por onde passou nos últimos 15 dias para que a Zoonoses realize o rastreamento epidemiológico.
Prevenção
Para combater o mosquito, é necessário guardar garrafas sempre de cabeça para baixo; manter recipientes com água adequadamente fechados; descartar pneus velhos ou guardá-los em local coberto e protegido; lavar paredes de recipientes com bucha ou esponja a cada três dias; armazenar lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; e retirar os pratos dos vasos de plantas.
Por Luana Dias
Fotos: Dorival Pinheiro Filho
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