Profissionais se unem na prevenção da gravidez precoce
Publicada em 14/05/2013 às 17:33Seguindo o cronograma de reuniões do Comitê Técnico Municipal do Projeto Intersetorial de Desenvolvimento Infantil, foi realizada segunda-feira (13) a reunião no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do Jardim Tamoio, para discutir os índices de gravidez na adolescência.
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Em 2012, foram registradas no território do Cras-Tamoio (Rui Barbosa, Colônia e Tamoio), por meio do programa SisPreNatal, três gestantes com idade entre 10 e 14 anos; outras 60 de 15 a 19 anos. Participaram da reunião profissionais das UBS do Tamoio e da Colônia, diretoras de escolas municipais e equipe do CRAS.
“Temos casos de reincidência da gravidez na adolescência e falta de responsabilidade da maternidade e paternidade, que resultam no abandono da criação dos filhos para os avós. Por isso, considero importante trabalhar com a prevenção nas escolas de forma contínua”, explica Alexandre Moreira de Souza, coordenador do órgão.
A previsão do CRAS é abordar o tema, inicialmente, com os mais de 120 jovens que já participam dos programas “Ação Jovem” e Paif (Programa de Atendimento Integral à Família). “Temos o contato com os pais destes jovens e faremos um trabalho em conjunto com a família”, conclui Alexandre. Está prevista também a realização de grupos de gestação específicos para esta faixa etária nas Unidades de Saúde da região.
Prevenção“É preciso trabalhar preventivamente, oferecer amplo apoio social e resgate das jovens grávidas. Isso é possível através da reflexão de informações que confirmam os dados”, afirma Maria Aparecida Ribeiro da Costa, coordenadora de Pediatra da Secretaria Municipal de Saúde e membro do comitê.
Segundo ela, existem trabalhos isolados nos bairros, mas o tema tem grande importância para o desenvolvimento infantil, auto-estima do jovem e perspectiva de vida. “Os profissionais de outros segmentos precisam se unir para conquistarmos eficiência na ação”, conclui.
Nas reuniões já realizadas (Novo Horizonte e Santa Gertrudes), a equipe concluiu que alguns dos motivos da gravidez na adolescência são a falta de perspectiva de vida, carência e fuga dos problemas dentro de casa.
“Há alguns anos já não dizemos gravidez indesejada, porque a gestação tem sido para elas uma solução. Eles precisam de direcionamento vocacional, estímulo para se manter nos estudos e maior participação cultural e esportiva”, opina Rosana Andrea de Moraes, gerente da UBS da Colônia.
“Os jovens precisam saber dos riscos e consequências da gravidez na adolescência. Por isso precisamos investir na educação para a sexualidade responsável e fortalecimento da auto-estima”, avisa Maria Aparecida.
Por Flávia Alves
Fotos: Alessandro Rosman
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