Transporte coletivo é tema de reunião
Publicada em 04/07/2013 às 19:12O secretário de Transportes, Dinei Pasqualini, e o presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal, Celso Arantes, discutiram nesta quinta-feira (4) os planos e desafios do setor de transporte coletivo na cidade. O vereador recebeu para sua comissão um estudo completo sobre a tarifa urbana que não teve reajuste neste ano graças ao uso inédito de subsídio público.
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Na reunião também foram comentadas novas mudanças no sistema, como o teste com linhas diretas entre os bairros de Almerinda Chaves (região oeste) e Ivoturucaia (região leste) com o Centro.
“A Prefeitura tem um contrato em andamento firmado em 2003 com validade de 15 anos, podendo ser prorrogado até 2023. Temos diversos compromissos de governo para cumprir e a melhor maneira de reduzir a tarifa é aumentando a estrutura e a velocidade média e o número de usuários”, disse Dinei.
Ele explicou os dados da planilha, que mostra a média de 2,94 milhões de viagens feitas pelos passageiros a cada mês em uma soma de 2 milhões de quilômetros mensais (percorridos pelos 308 veículos). O resultado da divisão de ambos os números fica perto de 1,5 passageiro por cada quilômetro (índice chamado IPK).
O custo, de acordo com a Secretaria de Transportes, é formado por uma parte variável (combustível, peças, rodagem, lubrificantes), outra parte fixa (depreciação, remuneração, administrativo e pessoal) e ainda os tributos. O valor do custo total coletado pelos técnicos junto ao sistema foi de R$ 9,394 milhões. “No próximo ano vamos reforçar também com desconto de ISSQN (imposto sobre serviços)”, afirmou Dinei.
Quem paga
Os dados também mostram que atualmente o sistema é baseado em trabalhadores e empresas. Os recursos na catraca representam 36,24% e o vale transporte representa 41,77%, totalizando 78%.
Os estudantes, que pagam meia tarifa (11,46%), o passe cortesia prestado a idosos e pessoas com deficiência (4,73%) e o passe comum, usado por exemplo no transporte usado pela educação (5,79%) são subsidiados pelas categorias anteriores e agora parcialmente pela Prefeitura.
Os dados já haviam sido mostrados na noite de quarta-feira (3) a um grupo de representantes de movimentos envolvidos no debate da mobilidade urbana na cidade.
Novos ajustes
Ele lembrou também que os estudos precisarão ser aprofundados para compromissos de governo que estão no Programa de Metas, como a redução da idade de passe gratuito para idosos a partir de 60 anos. “Podemos ver a possibilidade de algum mecanismo de renda para controlar o uso, mas não sei se é possível”, afirmou Arantes.
O trabalho conjunto com a Câmara deve ter prosseguimento nas reuniões da comissão em agosto. Além do presidente Celso Arantes, integram o grupo os vereadores Zé Adair, Rafael Antonucci, Márcio Pentecostes de Souza e José Dias.
Linhas mais rápidas
Durante o encontro, o secretário afirmou também que no dia 29 de julho serão iniciados os testes com linhas mais rápidas entre os bairros de Ivoturucaia (na zona leste) e do Almerinda Chaves (na zona oeste) na ligação com o Centro, sem a intermediação dos terminais da Colônia e do Eloy Chaves.
“Mas no momento temos a falta da pesquisa de origem e destino dos usuários, que será realizada no segundo semestre. Esse trabalho, o debate do plano de mobilidade urbana e também o futuro ônibus de trânsito rápido (BRT) vão mudar o panorama do transporte coletivo, incorporando outros modais”, afirmou.
Por José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Alessandro Rosman
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