Controladoria Geral foca em eficiência e ética
Publicada em 24/07/2013 às 11:02Uma das novidades da Prefeitura de Jundiaí neste ano, a Controladoria Geral do Município, visa garantir o cumprimento das obrigações constitucionais e legais mas também transformar-se em uma ferramenta de gestão pública.
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“Podemos dizer que somos uns dos poucos municípios do País com um órgão responsável pelo controle interno diretamente ligado ao gabinete do prefeito”, explica o controlador geral Minoru Endo, contador e administrador jundiaiense com 13 anos de atuação no Departamento de Auditoria da Prefeitura de São Paulo.
O diferencial do setor criado neste ano, subordinado à Secretaria da Casa Civil, é a presença de quatro áreas do conhecimento (Contabilidade, Direito, Administração e Engenharia ou Arquitetura) funcionando de maneira integrada.
Essa formação multidisciplinar é um ponto forte na avaliação de Endo. “Por ser multidisciplinar, permite uma atuação em todas as secretarias e deixa de concentrar-se no foco exclusivamente contábil”, explica.
A equipe formada conta com a administradora de empresas Michele Priscilla Vaz de Lima Yamamoto, com o engenheiro civil Wilson José Viotti, com a contadora Elizabeth Akiko Araki Oliveira e com a advogada Marcela Delgado Araújo de Castro Azevedo. Todos são servidores públicos concursados.
“Nossa orientação é racionalizar despesas usando os critérios de economicidade e razoabilidade”, explica Marcela Azevedo.
Ampliação
Na verdade, o trabalho da Controladoria Geral aproveita a experiência do setor de controle interno, antes vinculado à Secretaria de Finanças e agora ligado diretamente ao gabinete do prefeito.
Um desses legados foi a análise que levou ao controle sobre horas extras no primeiro semestre e resultou em uma economia na ordem de R$ 4,5 milhões. Outros, ainda em andamento, são as revisões de contratos das empresas incubadas pela cidade ou de procedimentos contra perdas no Centro de Distribuição.
Para o secretário Paulo Roberto Galvão, de Finanças, a reestruturação do setor foi inspirada nas “boas práticas da administração pública” que formaram seu objeto de estudo desde o mestrado acadêmico e depois na Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Eurípedes Sales, do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.
A autonomia buscada para a Controladoria Geral visa permitir que os problemas ou “gargalos” do trabalho cotidiano da gestão municipal possam ser detectados pelo próprio órgão nos procedimentos de auditoria interna ou também por gestores ou servidores que atuam no cotidiano e identifiquem indícios das chamadas “não conformidades”. O termo é usado em referência aos princípios constitucionais de transparência, imparcialidade e impessoalidade que devem ser usados na gestão pública.
Por José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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