Centro de Memória segue para a praça dos Andradas

Publicada em 14/08/2013 às 19:37

A partir da próxima segunda-feira (19) o espaço do Centro de Memória, que guarda boa parte do acervo do Museu Histórico e Cultural, começa a ser reorganizado no prédio localizado dentro da praça dos Andradas, entre as ruas Anchieta e Senador Fonseca. A mudança, que foi concluída nesta quarta-feira (14), levou a sede da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads) para o imóvel alugado anteriormente para esse serviço também na rua Senador Fonseca.

“Com a troca, estamos tendo diversos benefícios. A começar pelo prédio que fica em um local histórico na cidade e que é do próprio município. A economia do aluguel para uma secretaria de baixo orçamento como a Cultura vai permitir novos investimentos”, explicou o diretor do museu, Jean Camoleze, sobre o custo de R$ 8 mil mensais que será poupado.

Detalhe do prédio da praça dos Andradas em visão diferenciada: novo espaço de memória da cidade

Detalhe do prédio da praça dos Andradas em visão diferenciada: novo espaço de memória da cidade

A medida, aprovada pela secretária Marilena Negro (Semads), tem em sua opinião o simbolismo de mostrar que a busca de revitalização do Centro é um objetivo compartilhado pelos diversos setores da Prefeitura.

Embora o tamanho seja apenas um pouco maior do que o imóvel aberto no fim do ano passado, a nova sede do Centro de Memória vai permitir uma organização mais racional na opinião de Elisabete Ribas, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo. “Vai ser possível atender o público com mais segurança para o acervo”, comentou Elisabete.

Cursos lotados
O papel do Museu Histórico (que hoje conta com as unidades do Solar do Barão, da Pinacoteca Diógenes Paes e do Centro de Memória) ganhou uma tendência crescente como centro irradiador de cultura. Um dos sintomas, para Camoleze, é a fila de espera presente nos cursos de História da Arte, História da Literatura, Contos deste Canto e Chico Buarque (este, apenas em setembro).

Ainda sobre o Centro de Memória, um trabalho conjunto entre a socióloga Creusa Aparecida Claudino e o professor de vídeo Rodrigo Tangerino, do ponto de cultura do Clube 28, está registrando a história da Jundiá Filmes, inclusive com depoimentos de participantes dessa experiência das décadas de 1950 e 1960 que deixou diversos filmes no acervo da Cinemateca Brasileira. E o professor e regente Marco Antonio de Almeida Cunha, também da equipe, deve brevemente ministrar curso de fotografia pinhole em São Paulo como convidado.

A organização do serviço no novo local deve levar pelo menos uma semana antes de ser reaberto ao público. Um dos temas em debate interno é também ser um dos locais possíveis para homenagem ao ex-diretor do museu Geraldo Tomanik.

Cuidando do Centro
A mudança do Centro de Memória busca valorizar a praça dos Andradas, ao lado de iniciativas já iniciadas na praça Dom Pedro 2º (Praça das Rosas), onde a parcela mais antiga da Casa de Saúde também foi salva da demolição. Outras medidas estão em fase preparatória para a praça Tibúrcio Estêvão de Siqueira (Praça do Fórum), que deve receber de volta a Feira de Artesanato, e para a praça São Bento, que será remodelada.

Por José Arnaldo de Oliveira
Foto: Paulo Grégio


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2013/08/14/centro-de-memoria-segue-para-a-praca-dos-andradas/
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