Prefeitura de Jundiaí

Encontro celebra os 30 anos de recuperação do Rio Jundiaí

O Encontro Técnico “30 Anos de Recuperação do Rio Jundiaí” foi marcado, na manhã desta segunda-feira (23), no auditório do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), por palavras de entusiasmo e, sobretudo, de saudosismo por parte da maioria das pessoas convidadas para o evento em comemoração à Semana do Rio Jundiaí.

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Prefeito Pedro Bigardi citou aqueles que deram início ao processo

O encontro foi uma iniciativa conjunta da Cetesb, Prefeitura de Jundiaí, Ciesp e empresas que possuem efluentes líquidos no rio, Sabesp (Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Itupeva), DAE Jundiaí, Companhia de Saneamento de Jundiaí (CSJ), SAAE de Indaiatuba e SAAE Salto, e Eucatex.

A solenidade contou com todos aqueles que participaram, durante os últimos 30 anos, do processo que culminou na recuperação do Rio Jundiaí e que desencadeou nos segmentos envolvidos novas posturas no tratamento das questões ambientais. Dessa forma, a motivação para reunir tantas pessoas não poderia ser outra senão a de celebrar os resultados obtidos pelo esforço coletivo da parceria entre Estado, municípios e indústrias. E reforçar, também, que os trabalhos continuam, pois, como destacou o prefeito Pedro Bigardi, há um outro desafio pela frente: manter tudo isso.

Na fala, o prefeito Pedro Bigardi fez questão também de ressaltar a participação do ex-prefeito André Benassi, que estava à frente da Prefeitura quando o processo foi desencadeado. Assim como o coordenador de Planejamento da época, o jornalista Jayme Martins, um dos homenageados ao lado de outros personagens que trabalharam muito para a despoluição do Rio Jundiaí. “Agora, temos que incorporar isso à educação e, mais do que já foi feito, dar andamento ao ciclo de preservação, dando proteção às margens e trabalhando na recuperação da mata ciliar”, disse.

À época, como lembrou, o engenheiro Pedro Bigardi integrava o quadro de desenhistas da então Coordenadoria de Planejamento.

O presidente da Câmara Municipal de Jundiaí, Gerson Sartori, também ressaltou a importância de dar continuidade a esse trabalho. “Parabéns a todos pela conquista, que deve ser celebrada, mas tem que ficar o compromisso de continuar com as batalhas”, disse.

A determinação do grupo que se reuniu há 30 anos, para tratar de um tema tão difícil de ser entendido como vital para as gerações futuras, também foi lembrada pelo gerente da agência da Cetesb em Jundiaí, Domênico Tremarolli, presente em todas as etapas da despoluição do Rio Jundiaí.

Segundo ele, o que se fez por aqui é um novo marco para a nossa região, feito que pode ser comparado ao que ocorreu na Europa. “É assim que se constroi, é assim que se faz saneamento ambiental”, disse. O diretor do Ciesp, Mauritius Reiski, completou, afirmando que “só se desenvolve uma região com um bom ambiente e por isso, a indústria também tem muito a comemorar”.

Um breve histórico
O Rio Jundiaí constitui a menor bacia hidráulica do estado de São Paulo e atravessa as cidades de Campo Limpo Paulista, Jundiaí, Itupeva, Salto e Indaiatuba. A preocupação com o meio ambiente e, principalmente, com a sua despoluição, levou, em 1983, a criação do Comitê de Recuperação do Rio Jundiaí (CERJU) primeiro passo para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí. Em 1996, foi fundada a Cia Saneamento Jundiaí (CSJ), contratada pela Prefeitura para a construção da Estação de Tratamento de Esgotos de Jundiaí (ETEJ).

Todas as cidades banhadas pelo Rio Jundiaí, sob a coordenação da Cetesb e com o envolvimento do setor industrial buscaram uma forma conjunta de atuação em favor da despoluição.

Com a entrada em funcionamento, neste ano, da estação de tratamento de esgotos da Sabesp, em Várzea Paulista, a região completa a totalidade dos municípios tratando os esgotos gerados (industriais e domésticos). O destaque de Jundiaí nesse cenário vem do fato de que o sistema de saneamento foi concluído e opera desde 1988 e, atualmente, remove uma carga poluidora equivalente a uma população de cerca de 700 mil habitantes.

A mobilização que se verifica nesta época direciona o Sistema Estadual de Recursos Hídricos a formalizar a reclassificação da qualidade das águas do Rio Jundiaí no sentido de um corpo d’água mais nobre, situação já percebida pelas pessoas que convivem com essa água.

Por Alcir de Oliveira
Fotos: Cleber de Almeida

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