Uso racional da água deve ser constante
Publicada em 14/02/2014 às 19:28A estiagem que atinge todo o Estado de São Paulo nas últimas semanas tem preocupado toda a população. É a maior dos últimos 84 anos no Sistema Cantareira, desde que as medições começaram a ser feitas. Apesar de ainda não haver necessidade de racionamento de água na cidade, a Prefeitura de Jundiaí também se preocupa com o uso consciente da água, inclusive fora do período de seca.
O prefeito Pedro Bigardi lembra que Jundiaí está localizada em uma região na macrometrópole que é carente de recursos hídricos. “Temos de buscar alternativas, buscar água fora da cidade. Uma estiagem como esta que estamos vivendo deixa evidente essa carência. Por isso, o uso racional da água tem de ser constante, não apenas em épocas de estiagem como agora.”
No mês passado, o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) emitiu um comunicado para as cidades consorciadas informando sobre a importância de prevenção para um eventual agravamento da estiagem na região. “A DAE está fazendo uma campanha muito forte de conscientização sobre o uso racional. Mas é preciso deixar claro que ainda não estamos com racionamento de água”, destaca o prefeito.
O diretor presidente da DAE, Jamil Yatim, também enfatiza que em Jundiaí a situação está sob controle. “Estamos trabalhando de forma constante para melhorar todo o sistema de abastecimento. Isso, no entanto, não reduz a necessidade do uso racional da água por toda a população, inclusive o poder público, neste período ou em qualquer outro.”
Como não há racionamento de água, o abastecimento é normal em todos os setores – residências, comércios, indústrias, construções, obras e outros. “Não cortamos água de ninguém. Só estamos pedindo o uso racional, sem desperdício. Esse mesmo pedido foi feito ao segmento que utiliza a água bruta (sem processo de tratamento e imprópria para o consumo), usada especificamente em determinadas tarefas ou ações, como em canteiros de obras, por exemplo. E se houver necessidade de racionamento, ele será para todos, inclusive para os caminhões-pipa”, garante Yatim.
Economia
Na Prefeitura de Jundiaí, a Secretaria de Obras, por exemplo, se preocupa com o uso consciente de água não apenas no período da seca. A orientação para economia neste momento de estiagem já foi feita em todas as obras em andamento.
A água bruta utilizada nestes trabalhos é imprescindível, pois trata-se de um elemento técnico para execução da pavimentação. Há necessidade de se molhar o solo que, desta forma, adquire a umidade ideal para realização do serviço com qualidade. É importante destacar que a água bruta utilizada neste tipo de atividade não é tratada e potável, como a que sai das torneiras de residências e estabelecimentos comerciais.
A Secretaria de Serviços Públicos também destaca que realizou orientação para economia de água, que hoje é usada pela pasta para produção de concreto, preparação de solo para pavimentação e manutenção de paisagismo recém-executado. A água usada nesses casos também é bruta e não é tratada.
Esta água também serve para irrigação dos gramados nos centros esportivos da cidade, que logo receberão as partidas do Campeonato Amador de Futebol – evento que envolve bairros da cidade toda – e os torneios organizados pela Secretaria de Esportes. A grama em todos estes locais foi trocada entre o final do ano passado e o início deste ano e, por isso, necessita de tratamento especial. “É imprescindível molhar a grama, pois senão perderemos todo o investimento feito. Não há desperdício nesta operação, pois o sistema de irrigação é todo automatizado”, lembra o secretário de Esportes, Cristiano Lopes.
Assessoria de Imprensa
Foto: Paulo Grégio
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