Preservação da memória é compromisso da Diretoria de Patrimônio
Publicada em 20/03/2014 às 18:52Com 358 anos, Jundiaí tem uma história e uma memória a preservar. Com um rico patrimônio material e imaterial, a cidade tem sua identidade impressa na rica arquitetura do centro histórico, na estrada de ferro, na agricultura familiar, na herança indígena e na cultura afrobrasileira, exemplos mais latentes destes mais de três séculos de história.
Ciente deste compromisso, a Secretaria de Cultura oficializou neste ano a Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural, criada pela lei 7857 de maio de 2012. “É uma diretoria que tem o papel de analisar tecnicamente as questões voltadas ao patrimônio material e imaterial, contribuindo para a preservação da memória da cidade”, salienta o secretário de Cultura, Tércio Marinho.
Para assumir a Diretoria de Patrimônio Histórico, Tércio convidou o historiador Donizetti Aparecido Pinto, de 57 anos. “A escolha do nome de Donizetti se deve à trajetória profissional e atuação na área de patrimônio”, justifica o secretário.Donizetti trabalhou no Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo e participou da criação do Museu da Eletropaulo, em Jundiaí – atual Museu da Energia. A experiência no Departamento de Patrimônio Histórico, no Museu da Eletropaulo e na Fundação Energia e Saneamento, atual mantenedora do Museu da Energia, renderam ao historiador uma bagagem que vai além do aperfeiçoamento profissional.
“Durante este período, aprendi a ver a importância de um objeto, artefato ou prédio para a história. É muito mais que uma peça ou um imóvel, é a história e cultura de um povo que estão preservadas nela. E é esta experiência e olhar que estou trazendo para a Diretoria de Patrimônio Histórico”, diz o diretor.
A diretoria contará com uma equipe composta por historiador, arquiteto, sociólogo e corpo administrativo, e irá atuar em três frentes: tombamentos, programa de educação patrimonial e revitalização do centro histórico de Jundiaí. Em relação aos tombamentos, Donizetti explica que a demanda maior são os processos que aguardam deliberação do Compac (Conselho Municipal de Patrimônio Cultural).
Histórico
No Projeto de Revitalização do Centro histórico de Jundiaí, o tombamento também se faz presente como forma de preservar a arquitetura original do local, que abriga um grande número de prédios históricos.
O diretor esclarece que tombar nada mais é que preservar e cuidar de um imóvel que carrega uma importante carga histórica. Neste sentido, o mecanismo implica em manter as características originais do imóvel. São exemplos de imóveis tombados em Jundiaí o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, Teatro Polytheama, Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, Fazenda Ermida. “São imóveis que transcendem a propriedade particular e passam a fazer parte da memória da cidade, daí a importância do tombamento, que é um reconhecimento”, explica.
O processo de tombamento tem início com o pedido – que pode partir da sociedade civil ou poder público, passa por uma rigorosa avaliação técnica e é encaminhado ao Compac, que dá a palavra final.
“A ideia também é fazer o resgate do patrimônio por meio de um trabalho de educação em parceria com a Secretaria de Educação e a Diretoria de Museus, a fim de estimular as crianças e jovens a valorizarem o patrimônio no sentido amplo”, esclarece o diretor.
Viviane Rodrigues
Foto? Fotógrafos PMJ
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