Alunos com deficiência auditiva terão intérpretes
Publicada em 28/03/2014 às 18:03Luan Martinez Arten tem 8 anos, está no terceiro ano do ensino fundamental e na noite de quinta-feira (27) teve motivos de sobra para se sentir feliz. Deficiente auditivo, ele terá a partir de abril um professor intérprete em Libras (Língua Brasileira de Sinais) que o acompanhará em todas as disciplinas executadas na escola.
Especial Educação: Aprendendo novos olhares
A ação faz parte do convênio assinado entre a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Secretaria de Educação, com a Ateal (Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem). O ato aconteceu no auditório da Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot, com a presença do prefeito Pedro Bigardi e do vice-prefeito Durval Orlato, secretário de Educação.O convênio prevê um professor intérprete para cada aluno que tenha deficiência auditiva. Em princípio, serão 17 professores contratados pela Ateal. Eles serão contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o período será de 1 ano, podendo ser renovado.
“A Secretaria de Educação tem feito um trabalho de destaque e não podíamos deixar de olhar para a inclusão social”, explica o prefeito Pedro Bigardi. “Ampliar o processo de relação com as entidades também é fundamental, porque se não fossem elas o poder público não teria condições de fazer esse trabalho sozinho.”
Para o vice-prefeito, a parceria “é mais uma das ações da Secretaria de Educação em prol da inclusão das crianças no sistema educacional”, afirma Durval Orlato.
Para o presidente da Ateal, José Rubens Ferreira, a assinatura do convênio é uma vitória. “Muito além de contribuir para a formação da criança, ter um intérprete para cada aluno representa o trabalho de inclusão”, diz.
Estrutura
Os pais de Luan, Denilson e Laura Arten, comemoram a conquista. “A preocupação de todo pai que tem um filho com alguma deficiência é saber como ele vai conseguir estudar, se enturmar e desenvolver sua própria independência”, afirma Laura. “É um alívio saber que ele poderá aprender como os outros colegas de sala, o rendimento será muito melhor”, diz Denilson.
Para a professora intérprete Daniela Campos, o rendimento de um aluno com deficiência auditiva chega a 90% quando se tem um professor de libras junto dele. “Além das disciplinas, esse envolvimento melhora também a vida social dessa criança.”
O coordenador da Pessoa com Deficiência, Reinaldo Fernandes, comemorou mais esta conquista. “Tenho o sonho de que Jundiaí seja uma cidade referência em acessibilidade no Estado de São Paulo.”
Kadija Rodrigues
Foto: Dorival Pinheiro Filho
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