Oficinas contagiam e encantam na Emeb Rotary
Publicada em 20/06/2014 às 15:10De um lado da escola, o som contagiante de instrumentos como tambores e atabaques. Do outro, o encanto da magia do circo. Em comum, a alegria e a disposição dos alunos da Emeb Rotary Club, no bairro Anhangabaú, onde são desenvolvidas as oficinas de percussão, de práticas circenses e muitas outras. A unidade é uma das oito escolas de tempo integral da rede municipal de Educação de Jundiaí, que conquistou investimento do Programa Mais Educação, do governo federal.
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Murilo Barbosa Melo, de 13 anos, é um dos alunos que frequentam a oficina de percussão. Ele conta os dias para chegar a aula. Em menos de setes meses, o aluno do 8º ano aprendeu a tocar vários instrumentos. “Eu não sabia nada. É muito legal aprender mais a cada dia. Já fiz várias apresentações e fui até para outra cidade tocar com o Grupo Tambores de Inkice. Mesmo quando eu sair desta escola, não vou parar”, conta, empolgado.
João Vitor da Silva Félix, de 10 anos, é outro aluno de percussão que está orgulhoso. “Eu adoro. O meu pai sabe tocar e agora ele está feliz porque eu também sei.”
A oficina de percussão, mais do que ensinar as crianças a tocar instrumentos musicais, resgata a cultura popular brasileira. “Trabalhamos, por exemplo, com danças e brincadeiras regionais, experimentamos objetos que produzem sons, trazemos referências de artistas, fazendo link com a história do nosso País. Vamos além dos muros da escola, estabelecendo sempre diálogo com todas as disciplinas”, explica o professor de artes Ademir de Castro, que, junto com o percussionista do Grupo Tambores de Inkice, Kléber Moura, ministra as aulas.
Habilidades
Já a oficina de práticas circenses busca ampliar o universo dos alunos de forma lúdica. “Nosso objetivo não é que eles virem artistas de circo, mas que se envolvam com a magia desse mundo. Através de jogos e brincadeiras, como a de acrobacia, de equilíbrio e de malabarismo, visamos desenvolver habilidades. E eles ficam encantados e motivados.”, destaca o professor de educação física e responsável pelo projeto, Adriano Mastrorosa.
Ana Beatriz Nogueira, de 9 anos, é um exemplo. “Eu gosto muito. É tudo muito legal. Só fui ao circo uma vez na minha vida. Fazemos aqui como eles fazem lá e é divertido. Eu adoro fazer malabarismo e brincar com lencinhos. Eu sempre treino em casa com a minha amiga Stéfanie.”
Identidade
Além dessas duas atividades, quem estuda no Rotary também participa de oficinas de leitura, de produção de texto, de atletismo, de educação patrimonial e vídeo, e do projeto Mente Inovadora, que por meio dos jogos ajuda a desenvolver o raciocínio.
“Todas essas ações fazem parte do nosso projeto, que trabalha com a identidade cultural e social dos alunos. Procuramos oferecer atividades que eles gostam, que fazem sentido para a comunidade, que valorizam a infância e que fazem as crianças se movimentarem. Estamos tendo bons resultados”, comemora a diretora da Emeb, Selma Regina de Oliveira.
Atualmente, a escola possui 170 alunos que ficam em período integral, ou seja, das 7h30 às 16h30, e mais 90 que estudam no período da manhã ou da tarde. A escola oferece turmas do 1º ao 9º ano.
Roberta de Sá
Foto: Cleber de Almeida
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