Jundiaí segue exemplos da ONU no combate às drogas
Publicada em 30/07/2014 às 15:35O combate às drogas não deve ser associado à criminalização. Essa é uma questão social e de saúde pública. É o que defende John Sandage, diretor da Divisão de Assuntos Relacionados aos Tratados do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (UNODC), que abriu a programação desta quarta-feira (30) do 8º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) de Jundiaí, Thiers Costa Marques, que está participando do evento, a posição da ONU mostra que a postura da atual administração está no caminho certo.
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“Nosso trabalho com o GGIM, que integra todas as forças policiais e a administração pública, com representantes de todas as áreas, especialmente social e da saúde, vai ao encontro da proposta da ONU”, diz, destacando a integração das polícias, e projetos como o “Crack, É Possível Vencer” e o “Consultório de rua”, que estão sendo implementados na cidade.
Para John Sandage, o combate à violência não deve ser tratado somente com prevenção e repressão policial. As questões sociais, disse ele, são pontos fundamentais para que se diminua a violência. “O Brasil tem sido uma liderança forte na questão do desenvolvimento social e econômico”, destacou.
O diretor de Pesquisa do Instituto Igarape (RJ), Robert Muggah, comentou que há uma conscientização maior no Brasil entre desenvolvimento e segurança. “A Rio+20, realizada em 2012, teve um papel importante para essa discussão. O Brasil tem sido empreendedor de normas na ONU nos últimos 10 anos, por isso, o futuro nessa questão parece mais claro para vocês, brasileiros, do que para outros países.”
Após a palestra, o coordenador do GGIM conversou com o diretor do Instituto Igarapé e contou um pouco sobre o trabalho que Jundiaí está desenvolvendo nessa área. “Ele ficou muito interessado em conhecer nosso sistema.”
Ações
Apesar de citarem problemas crônicos no Brasil, como uma população carcerária imensa e a impunidade, os dois especialistas classificaram o Brasil como um ator mundial no que diz respeito ao acesso aos benefícios sociais à população, sobretudo a mais carente.
Em relação à guerra contra as drogas, John Sandage citou como “armas” algumas ações em pontos que já têm sido trabalhados em Jundiaí com o programa “Crack, É Possível Vencer”, numa parceria entre as secretarias de Saúde e Assistência Social. “Os países devem criminalizar a venda ilegal de drogas e quem incentiva o tráfico. Os drogaditos (usuários de entorpecentes) não devem ser presos, mas tratados para que larguem as drogas.”
Para Robert, a redução da violência passa preferencialmente pela Saúde. “Temos de colocar a Saúde no centro da discussão, reduzindo os danos causados pela droga. É preciso pensar, antes de tudo, na preservação da integridade destas pessoas.”
O encontro está sendo realizado na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. No fim da tarde desta quarta-feira está prevista uma conferência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PJ
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