Prefeitura de Jundiaí

Centro de Passagem de Migrantes é instalado

A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads), instalou nesta quarta-feira (23), ao lado da Estação Ferroviária e do Terminal Urbano da Vila Arens, a estrutura do novo Centro de Apoio de Migrantes e Itinerantes, voltado para o primeiro atendimento de pessoas que necessitem dos serviços sociais da cidade.

“O objetivo é evitar que essas pessoas precisem atravessar toda a cidade, como acontece hoje. Existem casos como os chamados trecheiros, que precisam apenas de um apoio para seguirem viagem. Os demais também terão um encaminhamento mais adequado”, explicou a secretária Marilena Negro.

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Secretária Marilena e diretora Joana, na instalação da unidade

Levado para o local que concentra a maior chegada de pessoas em situação de rua na cidade, o serviço deixa o espaço do Centro de Apoio à População de Rua (Centro Pop), que vai ficar voltado para as pessoas cadastradas que são da própria cidade ou que já se fixaram nela.

E a estrutura também é inovadora. Com investimento de R$ 126 mil, o módulo instalado com ajuda de guindastes e produzido sob encomenda usa energia solar, reaproveita água da chuva e tem um sistema de coleta do esgoto. A base usa tecnologia de madeira reciclada em “cross laminated timber”, além de poder ser transferido de local ou destinação. De acordo com a diretora Joana Prudêncio, o projeto foi inteiramente construído no diálogo com os técnicos do setor.

Com o início de operações previsto para a próxima semana, a unidade vai funcionar das 7h às 17h, com uma equipe formada por educador social, gestor operacional e técnico de apoio.

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Módulo “sustentável” foi instalado por guindastes

Reestruturação
A implantação da nova unidade, que é uma “porta de entrada” da rede local, faz parte das atuais mudanças em andamento para a rede socioassistencial da política de proteção à pessoa em situação de rua em Jundiaí, embasadas na nova legislação federal do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

“É um reordenamento que tem ainda outros pontos, como um edital que será lançado para abrigo de prazo mais longo. Sempre consultamos primeiro as entidades parceiras sobre cada passo”, explica Marilena.

Ela destaca que os chamados “grupos da sopa”, apontados por alguns analistas como fixadores de pessoas em situação precária em alguns locais da cidade, devem ser vistos como parceiros que estão em pauta no debate do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsean). “O que precisamos é somar esforços em rede para reduzirmos os problemas”, diz.

José Arnaldo de Oliveira
Foto: Alessandro Rosman

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