Cerest intensifica fiscalização em marmorarias
Publicada em 07/07/2014 às 18:03O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), órgão ligado à Secretaria de Saúde, iniciou, na semana passada, a fiscalização do controle médico de saúde ocupacional nas nove marmorarias de Jundiaí. O setor envolve mais de 200 trabalhadores.
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A objetivo da fiscalização, que tem previsão de se estender até o fim do ano e é acompanhada pelo Sindicato da Construção Civil de Jundiaí, é mostrar às autoridades sanitárias se as marmorarias estão cumprindo as leis que garantem aos trabalhadores proteção contra doenças do trabalho, em especial a silicose.
De acordo José Carlos Fonseca, um dos médicos do Cerest, a silicose é uma doença incurável dos pulmões, provocada pela inalação de poeira (sílica) nesse tipo de ambiente de trabalho e que leva o trabalhador à morte.
O gerente do Cerest, Jesus dos Santos, explica que as marmorarias têm a obrigatoriedade legal de, periodicamente, promoverem a realização de alguns exames médicos para seus trabalhadores, mas, sem fiscalização, não se pode confirmar se eles estão ou não sendo devidamente cuidados.
“Estamos verificando se as marmorarias estão cumprindo a lei de proteção aos trabalhadores. Àquelas que estiverem em ordem, evidentemente, nada será imposto para correção. Às que negligenciaram a realização de algum dos exames indicados aos seus trabalhadores, será dado um prazo para que esses exames sejam feitos e seus resultados encaminhados ao Cerest”, diz Santos.
Metodologia
O médico José Carlos Fonseca também explica que, nesta primeira etapa da fiscalização, são as empresas que estão comparecendo ao Cerest, para a apresentação da documentação solicitada por notificação. “Depois, serão as autoridades sanitárias, acompanhadas por dirigentes sindicais da construção civil, que visitarão cada marmoraria, para inspeção sanitária, época em que também serão agendadas consultas médicas no Cerest para os trabalhadores previamente selecionados.”
Microrregião
Trinta e dois ex-trabalhadores de uma empresa do município de Itatiba, que pertence à microrregião de abrangência do Cerest, também estão sendo avaliados pelo serviço médico. “Expostos por muitos anos ao amianto, produto altamente nocivo, os ex-trabalhadores podem desenvolver doenças também graves e, por isso, precisam de cuidado especial”, finaliza o gerente do Cerest.
Assessoria de Imprensa
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