Evento atualiza planos de arborização urbana em Jundiaí
Publicada em 25/09/2014 às 18:11Com um forte ritmo de plantio de mudas nos últimos meses, a Prefeitura de Jundiaí promoveu nesta quinta-feira (25) um evento com grandes especialistas no Encontro de Arborização Urbana. A ação foi realizada com técnicos de diversas secretarias e também de empresas prestadoras de serviços nessa área.
Os convidados foram o engenheiro agrônomo Marcelo Crestana, um dos precursores da gestão de arborização urbana no País, e a médica pneumologista Thaís Mauad, pesquisadora da relação entre arborização e saúde pública.
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De acordo com Ana Terezinha Peches, diretora da Unidade de Desenvolvimento Sustentável (Unidam), as atividades envolvendo diversos setores da Prefeitura visam chamar a atenção da população em geral sobre a importância do verde. O assunto foi tratado recentemente também pelo lançamento do Circuito das Árvores e também pelo debate sobre o Plano Municipal da Mata Atlântica.
Para o diretor do Jardim Botânico, Renato Steck, a iniciativa enriquece e amplia os conhecimentos de todos aqueles que atuam nas áreas de paisagismo e jardinagem na Prefeitura, autarquias e terceirizadas. Além do setor de parques e jardins, o evento também contou com participantes de áreas como a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, a DAE e outras.
O engenheiro agrônomo Marcelo Crestana, com origem na Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq/USP), atuou por mais de 30 anos como extensionista na Coordenação de Assistência Técnica Integral (CATI) do Estado e também como consultor de prefeituras e empresas. Ele discorreu sobre conceitos, legislação e função das árvores das cidades e argumentou que problemas decorrentes do manejo inadequado é que colocam em risco as espécies de plantas que podem ainda ser mantidas por muito tempo.
“Hoje fala-se muito em reabilitação de árvores, mas isso deve ser feito com gestão, de forma planejada e com projetos”, disse, ao falar de técnicas.
Saúde
Já a médica Thaís Mauad abordou os efeitos benéficos para a saúde das moradias em locais arborizados, com levantamentos de menos queixas de saúde e melhor status mental do que aqueles que moram em locais não arborizados. “Os efeitos benéficos são observados não só em grupos que moram perto de parques, mas naqueles que habitam ruas arborizadas, causando efeitos fisiológicos relacionados com a diminuição do estresse, a diminuição da pressão arterial e a menor variabilidade cardíaca”, explicou.
Entre os benefícios constatados por pesquisas na arborização urbana estão a diminuição da poluição do ar pela retenção de partículas, a redução da temperatura local, o aumento da umidade do ar, o aumento de áreas permeáveis do solo contra enchentes, o abrigo para as aves, a barreira parcial contra ruídos, o embelezamento da paisagem e a redução de erosão do solo. Integrante do comitê internacional para nova definição da asma grave, ela recomendou que as cidades tenham um plano de arborização urbana e programas de manejo e plantio.
“As pessoas precisam saber o valor de uma árvore e o que a ausência dela pode representar para todos”, disse Ana Maranha Peche, da Unidam. Segundo ela, costuma-se reclamar muito das folhas na calçada ou das raízes grandes das árvores, mas a importância da presença do verde é desconhecida da maioria das pessoas. “Até um desmatamento distante daqui pode influenciar no nosso meio ambiente”, completou.
Embora sem um censo definitivo, a zona urbana de Jundiaí tem uma estimativa de mais de 150 mil árvores (sem incluir a zona rural ou a área tombada da Serra do Japi), mas ainda com distribuição irregular e com grandes áreas com carência de áreas verdes.
Assessoria de Imprensa
Foto: Arquivo e Cleber de Almeida
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