Serra do Japi é palco de curso de ecologia científica
Publicada em 08/10/2014 às 15:56A Reserva Biológica Municipal (Rebio), na Serra do Japi, iniciou um novo curso para pós-graduandos em ecologia. A atividade foi feita nesta quarta-feira (8), na própria base ecológica, criada pela Prefeitura de Jundiaí em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A conservação, ao lado da educação ambiental e da preservação da biodiversidade, é um dos principais objetivos da unidade.
“Estamos bastante satisfeitos com esse tipo de atividade, prevista nos planos do prefeito Pedro Bigardi. Queremos melhorar ainda mais as condições para isso”, afirma a secretária Daniela da Camara Sutti, de Planejamento e Meio Ambiente. A Serra do Japi ocupa um lugar especial por ter sido alvo de estudos de campo da pós-graduação em ecologia da Unicamp.
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Geração de conhecimento
A turma de pós-graduandos, que permanece na base até o dia 16 de outubro, é coordenada pelo professor Gustavo Quevedo Romero. Ele também trabalhou na serra ao realizar um mestrado sobre o papel dos predadores e das plantas do local. “Nosso objetivo é desenvolver nos alunos a atitude científica de coleta, análise, estatística, conclusão e relatório adequada a congressos internacionais ou revistas especializadas”, resumiu.
No currículo do professor, a participação em uma banca acadêmica sobre uma das mais curiosas pesquisas realizadas na serra, sobre padrões do chamado “bicho casca” (nome científico ‘Phloea subquadrata’), que vive sobre troncos de árvores, usados também para camuflagem do animal. A autora é Adriana Trevizoli Salomão.
Embora não sejam voltados para aplicação imediata, os dados de pesquisas ampliam o cenário da educação, da atitude das pessoas e das políticas públicas. Para a coordenadora do Centro de Referência em Educação Ambiental (Cream), Claudete Aparecida Formis, existe uma grande importância na tradução do saber científico para as salas de aula. “Buscamos isso ao levarmos crianças para formação no local ou mesmo em iniciativas como a exposição da megafauna pré-histórica que começou na Biblioteca Municipal”, explica.
De acordo com o biólogo Ronaldo Pereira, o local receberá um grupo orientado pelo pesquisador Waldir Mantovani, da Universidade Federal do ABC, em novembro. O interesse de pesquisas das ciências naturais, de acordo com os dados da base, cresce nos meses mais chuvosos pela época de reprodução de plantas e animais.
De acordo com Gustavo Quevedo, as plantas arvóreas e os animais vertebrados estão bastante cobertos pelas pesquisas ao longo desses 30 anos, mas ainda há surpresas a serem descritas em outras áreas, como os minúsculos ácaros que vivem em simbiose com plantas e são alvo de expedições da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto. “Nosso alvo não é exatamente discutir a conservação, mas os dados certamente somam-se aos esforços de pensar nesse desafio”, comentou.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Alessandro Rosman
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