Instituições ‘resgatam’ compositores jundiaienses
Publicada em 17/11/2014 às 18:50Um grande trabalho de pesquisa e a cooperação de diferentes instituições resultaram no domingo (16) em uma obra totalmente diferente no evento “Jundiaí In Concert”, que o Coral Divino em Canto mostrou no auditório da Universidade Padre Anchieta. Utilizando apenas compositores jundiaienses, o trabalho reuniu, além do coral formado no Colégio Divino Salvador, também a Banda São João Batista, o Quinteto de Cordas do Grupo de Referência do Projeto Guri, o Coral Masculino de Várzea Paulista e mais uma série de convidados, sendo o mais conhecido o cantor Cláudio Nucci.
“Não quisemos esgotar o assunto, mas despertar o interesse das novas gerações pelas músicas de Jundiaí”, afirmou a regente e pesquisadora Cláudia Queiroz antes de mostrar uma variedade de marchas, valsas, choros, modas, cantos orfeônicos e canções de pessoas que nasceram ou viveram em diversas épocas na cidade.
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O público, em torno de 600 pessoas, cantou em pé o Hino de Jundiaí na abertura do espetáculo, que teve patrocínio do Programa Estadual de Apoio à Cultura (Proac) e do Expresso Jundiaí, além de diversos apoiadores, como a Secretaria de Cultura, da Prefeitura de Jundiaí.
Por ordem de nascimento, o roteiro teve composições de Francisco Napoleão Maia (1860), José Corrêa da Silva (1861), Francisco Farina (1862), Attílio, Dorival, Orlando e Flávio D´Angieri (1882, 1912), João da Silva Oliveira (1888), Deodato Pestana (1890), João Varanda (1893), Deolinda Copelli (1893), Haydée Dumangin Mojola (1898), Dragutin Kalman (1909), Luiz Biela de Souza (1910), Benoit Certain com Lamartine Babo (1911), Emygdio Lorencini (1922), Eraldo Pinheiro (1927), Geraldo Calasans (1930) e até do folclore com o Pintor de Jundiaí.
De compositores “ao vivo”, tiveram peças Lucio Gregori (1936), Antonio Guedes (1937), Angelo Durval Carola (1947), Claudio Nucci (1956), Celso Mojola (1960), Renata Iacovino (1968), Daniel Cerimarco (1968), Tom Nando (1969), Tadeu Tafarello (1978), Alfredo Votta Junior (1980), Xel Bigardi (1983), Guilherme Terra (1983) e Ricardo Gazzi (1989).
Criado em 1998, o Coral Divino em Canto contou com 15 sopranos, 13 contraltos, seis tenores e três baixos, além do percussionista convidado Renato Lanza e do ator convidado Marcelo Peroni, que fez a linha histórica de cada época e ritmo com apoio em pesquisas de Geraldo Gatollini. Os instrumentos do Projeto Guri e da Banda São João Batista também mostraram grande afinação coletiva.
O resultado do trabalho foi um panorama raro de boa parte da história da música na cidade, mostrando influências sacras, italianas, populares e eruditas.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Reprodução
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