Remodelada, incubadora de empresas revela novos talentos
Publicada em 06/11/2014 às 16:11Pouca gente sabe, mas a base da Guarda Municipal recém-instalada no Centro de Jundiaí, com altíssimo grau de aprovação por lojistas e consumidores, teve a concepção idealizada por uma empresa de inovação e tecnologia da cidade, que hoje encontra-se em fase de maturação na nova incubadora de empresas do município – redefinida pela atual administração municipal por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
A Box Mobile é uma das 13 empresas com atuação em tecnologia, pesquisa e inovação que ocupa atualmente o espaço da incubadora. Ela existe desde 1999, mas a história de Edilson Calheiros, proprietário da marca, começou a mudar mesmo em 2013.
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“Eu pertencia à antiga incubadora da cidade, que nada mais era que um pavilhão, sem as características reais de um espaço como esse. Após a Prefeitura assumir a iniciativa, em 2013, houve uma reengenharia extremamente sensata, dando vez a empresas que, de fato, têm no leme a mola da inovação”, argumentou Calheiros.
Empreendedor, apaixonado por fotografia e estudioso do mercado e das oportunidades dele, esse paulistano radicado em Jundiaí há 15 anos descobriu um nicho interessante após fazer contato com um material vindo da França, que pode ser usado largamente nas áreas da construção civil, da saúde e da educação.
“Trata-se de um módulo em sistema tubular, com chapas de aço e acabamento de um material chamado poliuretano. Ele é térmico, acústico e extremamente seguro. Sua vantagem frente à construções de alvenaria é a flexibilidade: ele é móvel e adaptável, é como mexer com um lego”, compara, mostrando fotos de inúmeras aplicabilidades do produto.
A inovação, que pode ser usada para ampliações de creches, escolas ou unidades móveis para diversos fins, ainda permite estruturas de até três andares. “O material pode ser aplicado praticamente em qualquer coisa, desde bancos, comércio a sanitários de luxo”, garante, contando que descobriu uma empresa de Curitiba (PR) que fabrica a matéria prima, hoje importada de solo francês. “As UPAs do Rio de Janeiro são todas feitas com essa tecnologia.”
A Box Mobile tem no momento mais projetos e prospecções saindo do forno e espera ganhar corpo e asas para voar sozinha ao fim do tempo de incubação, em 2 anos. “Depois, quero levar a empresa para o futuro Centro de Inovação Tecnológico.”
A Incubadora
Para o diretor de Fomento ao Comércio e Serviços, Edison Maltoni, esse novo posicionamento deve-se a uma parceria certeira entre a Prefeitura e o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região), do qual é presidente.
“Em função disso, temos periodicamente cursos técnicos, palestras e workshops para todos os incubados. Inclusive, os profissionais do Sincomércio, como assessores jurídicos e contábeis, fazem todo o acompanhamento dessas empresas”, explica.
E Maltoni traz uma novidade. No início de 2015, deverá ser aberto edital para convocação de novas empresas que se enquadrem ao conceito da Incubadora de Empresas, já que o espaço pode abrigar até 20 delas. “Temos também um envolvimento muito próximo com o Sebrae, que vai somar expertise na confecção do edital”, adianta.
Thiago Secco
Foto: Alessandro Rosman
Assista à reportagem da TVE Jundiaí
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