Dengue: as principais perguntas e respostas sobre o assunto

Publicada em 04/02/2015 às 18:44

Como é a transmissão?

A transmissão da dengue é sempre através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. O Aedes aegypti costuma picar durante o dia. Existem 4 tipos de vírus que causam a dengue, desta forma, as pessoas podem contrair a dengue 4 vezes.

Uma pessoa infectada pode transmitir a dengue para outra pessoa?

Não. A dengue é uma doença vetorial, ou seja, necessita do mosquito para haver a transmissão entre pessoas. O vírus causador da doença precisa se reproduzir no organismo do Aedes aegypti que, após um período de 8 a 12 dias, torna-se infectante.

Como o mosquito se prolifera?

A fêmea do Aedes aegypti deposita os ovos nos criadouros, de quatro a seis vezes durante a vida. Ela pode colocar mais de 100 ovos de cada vez. Seu ciclo apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O ovo em contato com a água eclode e libera a larva que se transforma em pupa (fases aquáticas). Da pupa emerge o mosquito/adulto. Importante informação é que larva e pupa não sobrevivem fora da água, sendo fácil a eliminação nesta fase. Sem a presença de água não temos o ciclo, por isso a informação constante para evitar água parada.

Períodos – Ovo é viável por mais de um ano sem água, na presença de água de 2 a 3 dias eclode a larva

Larva – de 4 a 6 dias de duração

Pupa – de 2 a 3 dias de duração

Mosquito adulto – 40 a 60 dias de vida

Quais as principais ações que a Prefeitura promove no combate e prevenção à dengue?

A Prefeitura tem um programa municipal de controle da dengue. O objetivo geral é conter a propagação da transmissão da dengue e chikungunya no município de Jundiaí, mantendo a vigilância e reduzindo a infestação de Aedes aegypti e Aedes albopictus, além de sensibilizar a população para as ações preventiva e corretivas.

São várias atividades dentro do programa:

CASA A CASA – Consiste nas visitas realizadas a todos os imóveis de uma determinada área, para desenvolver ações de controle de criadouros, pesquisa larvária e orientações para os moradores.

PONTOS ESTRATÉGICOS – Consiste no trabalho de vistoria, pesquisa larvária e ações de controle do vetor, em imóveis propícios para proliferação e dispersão de Aedes aegypti como borracharias, ferros velhos, transportadoras e outros.

IMÓVEIS ESPECIAIS – Consiste em imóveis com importância na disseminação do vírus da dengue, são imóveis não residenciais de médio e grande porte, com grande fluxo e/ou permanência de pessoas. Executa se a pesquisa larvária e ações de controle do vetor, geralmente as edificações são de grande complexidade. Correspondem a imóveis como serviços de saúde, estabelecimentos de ensino, quartéis, penitenciárias, hotéis, templos religiosos, casas comerciais, indústrias.

AVALIAÇÃO DE DENSIDADE LARVÁRIA (Índice de Breteau) – Consiste na avaliação dos níveis de infestação em amostra de imóveis de uma determinada área geográfica, num dado momento.

DELIMITAÇÃO E CONTROLE DE FOCO – Consiste na visita dos imóveis dentro de um raio de ação (250 metros) referente ao local do foco com o objetivo de eliminar os criadouros e evitar a dispersão do vetor.

PESQUISA LARVÁRIA DECORRENTE DA NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE DENGUE – Esta atividade é realizada a partir da entrada de fichas de notificação enviadas pela Vigilância Epidemiológica e a pesquisa larvária é realizada em todos os imóveis do quarteirão de residência, trabalho e estudo do caso suspeito.

BUSCA ATIVA – Esta atividade é realizada a partir de caso confirmado importado ou suspeita de autoctonia de dengue em busca de novos sintomáticos.

VISTORIAS ZOOSANITÁRIA – Consiste em solicitações realizadas por munícipes ou geradas dentro da própria seção via balcão, via fone, comunicados, ofícios e e-mail de locais com risco de proliferação e dispersão de Aedes aegypti.

SOLICITAÇÕES VIA 156 – Consiste em solicitações realizadas por meio do telefone 156, pelos munícipes, de locais com risco de proliferação e dispersão de Aedes aegypti. Linha direta entre o munícipe e o serviço público.

PESQUISA ENTOMOLÓGICA – Consiste na análise microscopia de todas as amostras de larvas coletas, para identificação da espécie de mosquito.

PARCERIA COM O 12º GAC – Consiste na eliminação de criadouros em determinada área em momentos epidemiologicamente importantes.

ATIVIDADES COM OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE – Atividade de controle da dengue realizada pelos agentes em sua área de atuação, orientando os moradores e informando a Seção de Controle de Zoonoses mensalmente, através de boletins.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO – Consiste na coleta de dados das atividades através do sistema SISAWEB (programa fornecido pela Superintendência de Controle de Endemias do Estado do São Paulo (Sucen).

ATIVIDADES EDUCATIVAS – Objetiva divulgar e informar sobre ações de educação em saúde e mobilização social, para que as famílias incorporem em suas casas e no meio social em que vivem, práticas efetivas e sustentáveis de controle do mosquito.

CAPACITAÇÃO E TREINAMENTOS – Objetiva a capacitação e atualização dos funcionários para uma maior eficácia nas atividades. Treinamento para voluntários e parceiros para realização das atividades de controle do mosquito Aedes aegypti. E atividades de vigilância epidemiológica e também na atenção básica para o acolhimento e encaminhamento dos suspeitos, com profissionais capacitados.

Em que casos é feito o chamado fumacê?

Apenas nos casos de transmissão da doença sem interrupção e onde a eliminação dos criadouros não for possível. Como se trata de pulverização de venenos, deve ser usado após avaliação técnica rigorosa. Atua apenas na fase do mosquito que voa e sendo completamente ineficaz nas fases de ovo, larva e pupa. Se os criadouros no local não forem retirados, em poucos dias nascerão outros mosquitos e o problema persistirá. Lembramos que o veneno mata vários outros animais e pássaros, promovendo desequilíbrio ambiental.

Há outras ações emergenciais indicadas?

Sim. Além da mobilização de todo o sistema de saúde pública para acolhimento dos pacientes, realizar ações de combate ao vetor com a participação de diversas pastas municipais e instituições parceiras, como o Exército brasileiro. No entanto, é imprescindível a participação da população para retirada dos criadouros.

Como a população pode ajudar?

Cuidando da casa, do local de trabalho e estudo, dando destinação adequada ao lixo, inservíveis e recicláveis. Manter os ambientes limpos e organizados é a chave para evitar a presença de qualquer animal indesejado.
Quais os criadouros mais comuns do mosquito da dengue?

Pneus, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, lixos, lata, lona ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento e outros.

E o chikungunia?

Não temos nenhum casos suspeito em Jundiaí. A forma de transmissão é a mesma da dengue pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopidtus infectados. A forma de prevenção também é a mesma.

Niza Souza


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2015/02/04/dengue-as-principais-perguntas-e-respostas-sobre-o-assunto/
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