Moradores do São Camilo participam de Roda de Causos
Publicada em 27/04/2015 às 16:43Contar a história da vida do jeito que quiser e com as palavras que entender convenientes. Um causo, uma anedota interpretada, um verso declamado. Ou ainda compartilhar uma canção, uma cantiga. Essa é a Roda de Causos e Acontecimentos da Vida, uma iniciativa da Secretaria de Cultura que leva à comunidade a proposta de reunir-se para escutar, contar histórias, compartilhar e dialogar. Assim foi a tarde de sábado (25), no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Jardim São Camilo, em que um grupo animado e espontâneo teve a oportunidade de participar e interagir.
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A iniciativa da Roda surgiu em reunião com a comissão popular de Cultura, grupo de lideranças que se reúne periodicamente para discutir com a secretaria as iniciativas culturais no bairro. Essa comissão, da qual o Cras também faz parte, foi criada pela Diretoria de Ação Comunitária. Outras comissões, em diferentes bairros, também estão sendo organizadas.
“O Cras vai além da assistência social, trazendo também Cultura para a região do São Camilo e entorno, o que significa melhoria na qualidade de vida das pessoas”, afirmou o coordenador Luiz Guilherme Camargo. “A possibilidade de transformação social passa pela Cultura. Entendemos que é uma parceria necessária, promover a intersetorialidade, colocando as secretarias trabalhando juntas e vendo a administração como um todo”.
A Roda de Causos é muito semelhante ao Sarau, mas tem peculiaridades como abrir a possibilidade de que os participantes relatem fatos das próprias vidas, transformando os momentos num exercício de memória. “Escutar é uma dádiva que a gente vai perdendo. Aqui podemos retomar o exercício do diálogo, com interação. Essa é a proposta da roda. Devolver à comunidade esse valor de escutar, com a necessidade de compartilhar”, lembrou o poeta Eufra Modesto, à frente do programa de fomento e difusão cultural nas comunidades – implantado pela Secretaria de Cultura de Jundiaí.
Com o violão em punho, o contador de causos abriu a roda e deu o tom, resgatando a linguagem nordestina e a literatura de cordel, incentivando e deixando a comunidade cada vez mais à vontade para interagir. Cada um foi dando a si mesmo a oportunidade de participar. E acontecimentos se transformaram em histórias. Risos e aplausos para cada manifestação.
União
O desfecho da Roda é uma confraternização, com quitutes, bolos caseiros e café, lembrando um pouco o gostinho da roça. “Foi muito bom. Eu gosto de ouvir esses causos, essas modinhas antigas. Hoje em dia não se conversa mais. A criança muitas vezes nem sabe o nome completo do próprio avô ou da avó. Sem dúvida, essa roda é muito bem-vinda”, comentou Moacir Gonfinete.
A dinâmica possibilita às pessoas recordarem as próprias histórias de vida. “É uma experiência muito enriquecedora para a comunidade, pois permite conhecer as histórias dos moradores. É uma forma de aproximação, de chegar à comunidade, além de conhecer também novas pessoas”, avaliou Eliane da Silva Pinto, diretora de Ação Comunitária da Secretaria de Cultura de Jundiaí.
Para quem participou pela primeira vez, como Joelma Carrascoza Vasco, uma das integrantes da comissão popular de Cultura, o entusiasmo se multiplica ao contar as suas e escutar as histórias de outras pessoas. “Me lembrei de vários acontecimentos e de minha infância, uma época tão boa que veio à tona novamente”, declarou.
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
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