Serviço de Verificação de Óbito regional é discutido
Publicada em 16/05/2015 às 17:54O secretário de Saúde, Luis Carlos Casarin, se reuniu sexta-feira (15) com representantes dos municípios que integram a Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) para discutir a questão do Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
De acordo com o secretário, atualmente Jundiaí gasta R$ 2,4 milhões ao ano com o serviço, atendendo as cidades da região sem receber colaboração tanto do Governo do Estado quanto dos municípios. “Cerca de 50% da demanda é de outras cidades”, explicou.
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Na reunião, ele propôs que as cidades se unissem para pleitear uma colaboração por parte do Estado. Por isso, uma carta com as demandas foi feita e será apresentada na próxima reunião de colegiado, entre os municípios e representantes do governo estadual.
Entre os itens estão pedidos como aporte financeiro; colaboração com insumos e recursos humanos; rateio financeiro do custeio de forma proporcional, de acordo com a série histórica, com revisão periódica para os municípios; e estimular a definição da causa morte por declaração de óbito, para que não haja necessidade de encaminhamento ao SVO.
Atualmente, além das cidades da AUJ (Jundiaí, Itupeva, Cabreúva, Jarinu, Louveira, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista), Cajamar, Itatiba e Morungaba também fazem encaminhamentos a Jundiaí. “Já informamos a esses municípios que Jundiaí não vai mais receber esses óbitos a partir de junho.”
Com relação às cidades da Aglomeração, Casarin destaca que não vai cessar o atendimento, porém, é necessário que haja a divisão desses gastos ou o custeio pelo Estado. “É um serviço regional pago apenas por Jundiaí. Não haverá a paralisação, mas é necessário que esse ônus seja de todos. Sabemos que não há necessidade de um SVO em cada cidade, mas é algo que precisa ser discutido no sentido do custeio.”
Demandas
Durante o encontro, o responsável pelo SVO, Severino Soares da Costa, apresentou dados com a demanda de cada município. Várzea Paulista, por exemplo, mandou 129 corpos para o serviço em 2014. Campo Limpo, outros 132.
Ele deixou claro que o SVO realiza a necropsia em casos de morte sem causa definida. No caso do IML, os corpos são encaminhados quando há morte com suspeita de crimes.
A discussão foi bem recebida pelos representantes dos municípios da região. “É uma discussão justa e importante”, destacou o secretário de saúde de Várzea Paulista, José Roberto Spinucci.
Já o titular da pasta em Campo Limpo, José Francisco Buckvieser, frisou que é necessária a divisão dos custos. “Cada cidade tem a demanda e precisa custeá-la. Esperamos conseguir apoio do Governo Estadual.”
Luana Dias
Foto: Cleber de Almeida
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