Um símbolo de Jundiaí ‘ilumina’ o Plano Diretor
Publicada em 03/07/2015 às 17:57Mesmo sem estar no foco direto do Plano Diretor Participativo (por ter uma legislação própria a ser revista em outro momento), a Serra do Japi é a referência de Jundiaí mais citada durante as etapas da “leitura comunitária” que envolveu quase 10 mil participações entre 2014 e o primeiro semestre de 2015. Mas também é parte essencial da chamada “leitura técnica”, mostrando ser mais do que um símbolo de orgulho da cidade. Na verdade, apontando a unanimidade da importância do meio ambiente para a cidade.
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No mundo inteiro, a maioria absoluta das cidades desenvolveu-se sobre uma base ambiental, física, que também determina suas características ao lado de sistemas urbanos de moradia, economia, mobilidade e equipamentos de serviços. Em Jundiaí, a ocupação secular acompanhou o vale do rio de mesmo nome no sentido sudeste (SE) para noroeste (NO) com áreas menos acidentadas e de solos mais adequados.
O número de áreas de risco no município, portanto, foi limitado nesse processo com a conservação da Serra do Japi ao sul e, em parte, da região de mananciais dos rios Jundiaí-Mirim e Capivari, ao norte. Mas a pressão urbana crescente nessas áreas e seu entorno tornou-se visível desde o início do século 21 nos mapas e até na redução de visibilidade da serra em diversos pontos.
No sentido principal de ocupação (sudeste-noroeste) surgiram as estradas antigas, as ferrovias e as rodovias, levando para a atual tendência de “conurbação” (quando surge uma área contínua entre duas cidades) de Jundiaí com Várzea Paulista de um lado e Itupeva de outro.
Mas vale notar que essa conexão não é apenas urbana, mas também ambiental. O Plano Diretor Participativo deve analisar a ligação da Serra do Japi com a Serra dos Cristais na região do Castanho e Tijuco Preto, e também a região do Ribeirão Caxambu, entre a Serra do Japi e a divisa com Itupeva, orientando essas áreas para o futuro.
Esses dados são parte dos subsídios para a elaboração da proposta de governo que será apresentada aos moradores no 2º Fórum do Plano Diretor Participativo.
Veja os objetivos estratégicos definidos:
1. Preservação, Conservação e Recuperação de Ecossistemas Hídricos e Naturais;
2. Proteção, Promoção e recuperação de Bens e Imóveis de Interesse Histórico Cultural e iniciativas culturais;
3. Proteção e Promoção do Desenvolvimento Rural e da Produção Agrícola;
4. Fortalecimento da Base Econômica local;
5. Melhoria na Mobilidade Urbana e nas condições de acessibilidade;
6. Regulação do Uso e Ocupação do Solo e da Produção Imobiliária;
7. Contenção da Urbanização dispersa e desordenada;
8. Aproveitamento de Imóveis Ociosos localizados em áreas urbanas consolidadas;
9. Melhoria das Condições Urbanas dos bairros, com oferta adequada de equipamentos de educação, saúde, esporte, lazer e cultura;
10. Provisão Habitacional de Interesse Social;
11. Urbanização e regularização fundiária de assentamentos precários ocupados pela população de baixa renda e de interesse específico;
12. Gestão Democrática com fortalecimento da participação popular nas decisões dos rumos da cidade.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Reprodução
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