Crianças redescobrem um ‘centro histórico caminhável’
Publicada em 29/07/2015 às 14:59
Crianças puderam ver e interagir com “outro” Centro
Um teste piloto realizado com alunos das escolas municipais EMEB Marcos Gasparian, na quarta-feira (29), e EMEB Rotary Club, na terça (28), mostrou que o Centro Histórico de Jundiaí pode ser muito mais que um local de passagem, mas um grande espaço público adequado para pessoas de todas as idades, de crianças a idosos, e não apenas para adultos e veículos. A iniciativa foi do projeto Urbanismo Caminhável.
“Esses espaços se tornaram muito duros, por assim dizer, e a presença de crianças traz uma nova emoção. É um projeto alegre, feliz, com cores e uma outra vida. As pessoas param para ver”, afirmou a educadora Sônia Maria Scridelli, coordenadora pedagógica da EMEB Marcos Gasparian, sobre as atividades de alunos da 5ª série, na faixa etária de 9 anos.
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No encontro, são as crianças que fazem os adultos pensarem sobre a cidade
A oficina de arquitetura para crianças, organizada pela urbanista Irene Quintáns, possibilitou que produzissem uma área coberta, uma série de silhuetas de animais junto ao jardim e outra série de silhuetas de habitantes mirins de outro lado, tudo com abertura para as faces de quem quisesse registrar suas fotografias.
De acordo com alunos, a atividade foi aprovada e o ato de “brincar com a cidade” deveria ocorrer mais vezes.
A caminhada entre a escola, no Largo dos Andradas, e a oficina, na praça do Largo da Matriz, contou com apoio de Guardas Municipais e a alegria do grupo contagiava pessoas que passavam pela praça, que já teve um aumento de visitantes, com atividades e novos mobiliários urbanos criados em outras oficinas.
Legado de gerações
A oficina piloto, com o trabalho desenvolvida pela urbanista espanhola radicada em São Paulo Irene Quintáns, ocorreu em uma cooperação da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e da Secretaria de Educação.
Os “habitantes mirins” da cidade ocuparam a praça
Para a secretária Daniela da Camara Sutti, o trabalho instiga a reflexão sobre o mundo que essas crianças encontrarão daqui a dez anos, quando estiverem cursando a universidade. “A cidade que teremos envolve esse exercício de repensarmos os espaços públicos”, afirma.
A atividade teve a presença da arquiteta Thaísa Froes, dos monitores Priscila Meireles e Pedro Paulino e de técnicos das áreas de Planejamento e de Educação.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Cleber de Almeida
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