Marcenaria urbana ‘devolve’ espaço público a moradores
Publicada em 03/08/2015 às 15:20No sábado (1º) um grupo de técnicos e voluntários desenvolveu na praça Governador Pedro de Toledo, no Largo da Matriz, três grandes bancos em mais uma oficina de marcenaria urbana do projeto Urbanismo Caminhável. Desta vez, os novos mobiliários ampliaram o alcance das intervenções e foram instalados ao longo do calçadão da rua Barão de Jundiaí (antiga rua Direita) em pontos próximos ao Solar do Barão, ao prédio do antigo Cine Ipiranga e também da Casa da Cultura.
Também foram produzidas as peças experimentais chamadas informalmente de “parasitas” por serem estruturas de madeira que se apoiam nos bancos de cimento existentes (estes chamados de “antimendigos” por serem pensados para causar desconforto) criando apoios para os braços e as costas, tornando-os mais acolhedores. E os pedaços de madeira restante foram reaproveitados para o experimento de uma espécie de horta vertical.
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As oficinas fazem parte do caráter experimental do projeto, coordenado pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente mas custeado por uma contrapartida privada dentro do mecanismo de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) implementado na Prefeitura de Jundiaí na gestão do prefeito Pedro Bigardi.
Poucos minutos depois de instalados, os bancos eram usados por crianças, jovens e adultos como uma novidade positiva no Centro Histórico. De acordo com uma mãe que testou o banco em frente ao antigo Cine Ipiranga, as andanças pelo comércio ou atividades culturais da região exigem um descanso periódico que é proporcionado pelo novo mobiliário.
Retomada do espaço público
O risco de mau uso dos equipamentos ao ar livre é visto pela equipe envolvida no projeto experimental como uma parte do conflito criado pela degradação do espaço público em tempos recentes. Esse é também um dos motivos para as próprias ações do Urbanismo Caminhável, parte de um panorama mais amplo que é o Plano de Reabilitação do Centro em andamento na Prefeitura de Jundiaí.
Nesse conceito, a retomada dos espaços públicos pela comunidade, com todos os seus grupos e classes, é uma resposta para sua ocupação pelo vandalismo de um lado ou apenas pelos veículos motorizados, por outro. A tendência também tem sido notada em setores da iniciativa privada e da sociedade civil.
A orientação para os trabalhos de criação dos mobiliários foi novamente de técnicos da Contain (it), empresa especializada e que integra o coletivo do projeto ao lado do Instituto Mobilidade Verde, Zoom Urbanismo e Escritório Thaísa Froes. De acordo com o arquiteto Guilherme Orbenblad, já houve experiências na capital paulista com a criação totalmente aberta aos participantes de oficinas. “Mas em muitos casos a proposta era tão complicada que não concluía-se o produto. Em Jundiaí tivemos um cuidado maior com a viabilidade e os projetos de mobiliário ficaram variados mas viáveis”, destacou.
Um dos moradores que testaram a transformação de bancos “antimendigo” em bancos com apoio de braços e coluna foi Josué do Prado. Entre lembranças da chamada turma da Pauliceia, ele aprovou a intervenção experimental.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ
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