Faculdade de Medicina recruta pacientes com Parkinson
Publicada em 20/08/2015 às 15:14O Instituto de Geriatria, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), continua desenvolvendo o projeto de pesquisa que submete pacientes portadores da Doença de Parkinson a um jogo de realidade virtual (Nintendo Wii®) com objetivo de melhorar o desempenho motor e cognitivo. Atualmente, o grupo de pesquisa, formado pela aluna de mestrado Lívia Galeote e a psicóloga Juliana Cecato, está na fase de recrutamento de pacientes, lembrando que não há custo: a participação é voluntária e o treinamento dura 16 sessões.
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Para participar da pesquisa, os pacientes devem obedecer aos seguintes critérios de inclusão: mulheres e homens acima de 60 anos; diagnóstico clínico da Doença de Parkinson efetivado por um médico; estadiamento da Doença de Parkinson entre 1,0 e 2,5 pontos, de acordo com a escala de Hoehn & Yahr; acuidade visual normal ou corrigida para a normalidade; boa acuidade auditiva; e ter disponibilidade de horário para fazer as sessões duas vezes na semana.
Histórico
O Instituto de Geriatria, em parceria com o Ambulatório da FMJ, trabalha com projetos de pesquisa com foco no envelhecimento. Em 2009, foram dados os primeiros passos para desenvolver o trabalho com pacientes com doença de Parkinson, pois havia a necessidade de fazer algo para os pacientes que acabaram de receber o diagnóstico. Esses pacientes apresentavam sintomas motores clássicos, como rigidez muscular, bradicinesia e tremores, porém apresentavam pouco ou nenhum declínio cognitivo. Os pacientes eram tratados com medicamento.
Preocupados com a situação, o geriatra José Eduardo Martinelli, a psicóloga Juliana Cecato, a gerontóloga Flavia Aramaki e a estudante de medicina Luciana Santos realizaram o primeiro Projeto de Iniciação Científica (PIBIC/FMJ), em 2011/2012, que estimulava os pacientes.
A doença
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população idosa e torna-se cada vez mais frequente com o aumento da expectativa de vida. De todas as alterações presentes, a marcha destaca-se por apresentar características típicas e peculiares que limitam a independência dos indivíduos. Além disso, sofre influência de processos cognitivos superiores. Acredita-se que a reabilitação baseada na realidade virtual tem contribuído de maneira significativa para a melhora da programação dos movimentos desses pacientes.
O projeto testou a capacidade de melhora da marcha e equilíbrio em pacientes com Doença de Parkinson por meio de treinamento baseado em realidade virtual. Os participantes passaram por triagem inicial, questionários sobre aspectos motores ligados à marcha, além de testes neuropsicológicos e de avaliação específica da marcha, que incluem, entre outros, o teste de marcha de 30 segundos associado à dupla-tarefa motor e o índice de andar dinâmico.
Em seguida, eles foram submetidos ao treino de realidade virtual com auxílio do Nintendo Wii®, por meio dos jogos Table Tilt Plus, Ski Slalom, Snowball Fight, Balance Bubble Plus e Big Top Juggling. Esses jogos demandam tomadas de decisões, planejamento, imitação e memória operacional e todos estabelecem a execução de dupla-tarefa.
Pode-se concluir que, apesar dos resultados preliminares, até o momento os pacientes foram capazes de aprender a maioria dos jogos que lhe foram propostos e que, mesmo com habilidades prejudicadas pela doença, a maioria pôde ter seu desempenho melhorado por meio do treino com o auxílio da realidade virtual e suas demandas cognitivas e motoras.
Quem tiver interesse em participar da pesquisa deve ligar nos números: (11) 97188-1330 (Lívia) ou (11) 99691-9498 (Juliana).
Assessoria de Imprensa
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