Implementação de Terminal Ferroviário avança
Publicada em 27/01/2016 às 15:38A retomada do transporte ferroviário de carga em Jundiaí ganhou mais um importante capítulo. O Ministério dos Transportes, por meio de portaria, declarou os bens da extinta Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) como reserva técnica exclusiva ao uso, expansão e aumento da capacidade de prestação do serviço público de transporte ferroviário.
Na prática, a medida significa que, em Jundiaí, uma área pertencente à União, de aproximadamente 257 mil m², será assumida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com objetivo de destinação futura à concessão privada – no caso – à MRS Logística – que já atua no transporte ferroviário de cargas existente na cidade.
O espaço na avenida Antonio Frederico Ozanam, sentido Várzea Paulista (atrás da antiga Duratex e em frente à estação ferroviária), vai abrigar o futuro Terminal Ferroviário de Jundiaí, com objetivo de dirimir os gargalos no escoamento da produção local.
Desde 2013, o prefeito Pedro Bigardi e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, por meio da diretoria de fomento à indústria, apoia fortemente a iniciativa, inclusive, ao encampar as tratativas junto a reuniões no Ministério, em Brasília, para que a área fosse, enfim, destinada novamente ao transporte ferroviário de carga.
“A publicação dessa portaria foi um dos passos mais importante do processo até agora. Ela permite que a MRS possa, vencidos os tramites administrativos e jurídicos, explorar a área para a retomada do transporte ferroviário. O reflexo do fortalecimento dessa modalidade de transporte incentiva, além das empresas já instaladas, a vinda de novas empresas para a cidade, tanto aquelas que exportam ou importam mercadorias”, explicou o diretor de fomento à indústria da secretaria, Gilson Pichioli.
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A estimativa da MRS, por meio de um estudo já realizado, é a operação inicial de mil contêineres por mês. Serão quatro trens semanais, sendo dois no sentido Jundiaí-Porto de Santos e outros dois no sentido oposto. Cada trem levará 21 vagões, que transportam a carga de até 50 caminhões.
“Isso deve gerar uma redução de aproximadamente 20% no custo em relação ao modal rodoviário, o que significa também uma redução considerável de poluentes na atmosfera”, previu o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser.
MRS
Para o gerente de projetos da MRS Logística, Marcelo Knudsen, a companhia tem clientes posicionados em Jundiaí ou próximos à cidade que não fazem uso da alternativa ferroviária simplesmente pela impossibilidade da opção. “Nós temos projetos importantes em Jundiaí para o desenvolvimento na distribuição de carga, e isso passa pela operacionalização do Terminal Ferroviário.”
Para Knudsen, a expectativa da empresa é que o equipamento passe a funcionar ainda em 2016. A vinda do Terminal Ferroviário resultaria em melhorias na infraestrutura viária do trecho, com alargamento da via, construção de acostamento e sinalização.
O valor de investimento da MRS após assumir a área em concessão do Dnit não foi revelado.
Thiago Secco
Foto: Divulgação
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