Aluno da Esef participa da tradicional Maratona de Boston, Estados Unidos
Publicada em 14/04/2016 às 15:35Assim que pisar em solo americano, nesta sexta-feira (15), o aluno do 3º semestre da Escola Superior de Educação Física de Jundiaí (Esef) André Tarchiani Savazoni começa a escrever mais um capítulo vitorioso na história do esporte da cidade.
Ele é um dos brasileiros que alcançaram índice para disputar uma das mais respeitadas e tradicionais corridas de rua do planeta: a Maratona de Boston, nos Estados Unidos. São 42,125 quilômetros de pura resistência física.
“É um orgulho muito grande ver um dos nossos alunos em um evento tão importante. É o nome da Esef, de Jundiaí, da região e do Brasil que ganha projeção internacional. Estou honrado”, exalta o diretor Pedro Rocha Lemos.
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A prova vai ser nesta segunda-feira (18), feriado que comemora o Dia do Patriota, referência ao início da revolução americana contra o domínio inglês. A data é reconhecida apenas nos Estados de Massachussetts (cuja capital é Boston) e Maine.
“Essa é a primeira característica da Maratona de Boston. Sempre é na terceira segunda-feira do mês de abril. Então, dá para você se programar independentemente do ano”, comenta Savazoni, um jornalista apaixonado pelo esporte, especialmente pelas corridas de rua.
Mas a prova de Boston não é famosa apenas por ser no feriado de segunda-feira. É a única na história das longas competições que jamais foi interrompida desde a sua primeira edição, em 1897. Só não é mais antiga que a maratona olímpica, criada no ano anterior em Atenas, na Grécia, mas que já deixou de ser disputada por conta das duas grandes guerras.
E tem mais: a Maratona de Boston faz parte de uma espécie de circuito de ouro, onde destacam-se ainda as competições de Nova Iorque e Chicago (EUA), Londres (Reino Unido), Tóquio (Japão) e Berlim (Alemanha).
“Boston é uma grande festa do esporte. Reúne algo em torno de 30 mil corredores divididos em várias categorias, além dos principais nomes da modalidade. Não basta apenas querer ir a Boston, tem que poder ir a Boston. Só participa quem atingiu índice em maratonas que servem como seletiva”, explica Savazoni.
O jundiaiense conseguiu marca para disputar a corrida de segunda-feira duas vezes no ano passado. Fez o tempo de duas horas e 51 minutos na Maratona de Barcelona (Espanha), em março de 2015, e baixou para duas horas e 50 minutos na Maratona de Buenos Aires (Argentina) sete meses depois, em outubro. “Se repetir estes tempos em Boston, vou cravar a minha melhor marca por lá”, conta André, que fechou a corrida americana em três horas e um minuto em 2013.
Aliás esta é a quinta vez que Savazoni vai estar em Boston. Participou das edições 2012, 2013, 2014 e 2015. Para este ano tem um incentivo a mais para quebrar seus limites. Sua mulher, Mariluci Tavares Savazoni, atingiu índice e vai estar na prova pela primeira vez.
“Sem dúvida um grande incentivo. Acompanhei de perto toda sua perseverança em busca deste objetivo. Foi muita dedicação aos treinamentos, um sonho realizado”, comenta o atleta. Além do casal Savazoni, outros dois maratonistas de Jundiaí estão de malas prontas para os Estados Unidos: João Theoto Júnior e Max Cordero.
O maratonista e aluno da Esef encerrou a preparação para a disputa na quarta-feira (13), na pista do Conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca, o Bolão, anexo à Esef, no Anhangabaú. Em seguida foi recebido pelo diretor da instituição, Pedro Rocha Lemos, que lhe desejou boa sorte.
“A Esef tem como principal finalidade a formação do aluno, mas saber que temos atletas em potencial é fabuloso. É uma vitória”, comenta Lemos sem se esquecer das ações desenvolvidas em parceria com a Prefeitura.
O aluno agradece e revela ao diretor que, ao voltar de Boston, vai apresentar um trabalho em classe dentro da disciplina gestão e organização, do professor Davi Poit.
Treinado pelo técnico Marcelo Camargo, de Belo Horizonte, Savazoni diz que sempre teve aptidão por corridas. Começou em provas de 10km, depois passou para as de 21km até chegar às maratonas.
Para segunda-feira, Savazoni aposta num clima ameno em Boston na hora da largada, o que, segundo ele, ajuda muito.
Ainda sobre a tradicional prova, o jundiaiense guarda viva na memória cenas de horror da edição de 2013. Ele já havia cruzado na linha de chegada e esteva num restaurante quando uma bomba explodiu. O atentado do dia 15 de abril deixou 3 mortos e 264 feridos. “Algo inacreditável, um cenário de guerra. Não há como imaginar sem estar nas proximidades. É algo para ser lembrado para sempre, mas sem deixar influenciar no desejo de voltar a Boston e participar da maratona”, comenta.
Ivan Lopes
Fotos: Paulo Grégio
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