Consórcio debate projetos para caso do aterro regional de Várzea
Publicada em 27/04/2016 às 13:22As novas alternativas para o aterro regional que funcionou entre 1986 e 2006 e que continua gerando custos de monitoramento aos municípios envolvidos no Consórcio Intermunicipal do Aterro Sanitário (Cias) foram discutidos em reunião nesta terça-feira (26).
Ao lado de Várzea Paulista e Jundiaí, mantidos na presidência e vice-presidência do consórcio, participam da entidade jurídica os municípios de Vinhedo, Campo Limpo Paulista, Louveira e Cajamar.
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“Até por uma questão de estabilidade, o consenso foi manter as atuais formações do conselho consultivo e fiscal”, afirmou o prefeito, ao lado dos prefeitos Juvenal Rossi (Várzea Paulista) e Jaime Cruz (Vinhedo) e técnicos das demais cidades.
O passivo ambiental deixado pelas questões crescentes dos resíduos sólidos, popularmente chamado por lixo, é visto nesse caso.
O custo fixo da atual produção mensal de 11 mil toneladas (ou 11 milhões de quilos) de resíduos gerados pela população de Jundiaí, levados ao Aterro Sanitário de Santana do Parnaíba, é de R$ 1,8 milhão por mês para transporte, transbordo e destinação final,
Mas Jundiaí participa do rateio proporcional do custo mensal do CIAS no patamar total de R$ 400 mil para monitoramento de emissão de chorume e gases do antigo aterro em Várzea Paulista, obrigatório até pelo menos 2026 em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado por todas as cidades envolvidas.
A reunião teve a presença de uma equipe da área de governos da Caixa Federal, que ofereceu serviços de modelagem financeira para futuras alternativas como Parcerias Público-Privada (PPP) em convite do presidente do consórcio, Juvenal Rossi, e do diretor do aterro, Hélio Frigeri.
O secretário Aguinaldo Leite, titular de Serviços Públicos de Jundiaí e também integrante do conselho do CIAS, citou estudos da Alemanha, atual parceira do município no tema, que mostraram o custo fixo de monitoramento de aterros sanitários em 50 anos.
“Foi o que os levou a descobrirem os recursos disponíveis nesse material e as tecnologias para sua viabilização. A valorização dos resíduos sólidos precisa ser uma meta”, afirmou.
Além das PPPs, outras alternativas podem ser discutidas, como alguma contrapartida que envolva tecnologias de recuperação de materiais e também de revalorização de imóveis na região do antigo aterro ou de meios de cooperação internacional.
Os trabalhos serão conduzidos pelos técnicos dos seis municípios nas próximas semanas e o rumo escolhido poderá até mesmo reunir outras cidades.
Para a população, o custo de soluções para esse legado mostra que a poluição difusa do lixo de cada pessoa tem custos não apenas para o meio ambiente mas para toda a comunidade. E também que novas tecnologias podem melhorar uma mudança de atitude coletiva com soluções concretas, mas exigem etapas de implantação.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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