Vacina da febra amarela só deve ser tomada em caso de necessidade
Publicada em 03/04/2017 às 19:01A vacina contra a Febre Amarela é uma das mais eficazes e seguras. Entretanto, quando tomada de forma aleatória pode causar efeitos de intensidade leve, como dor no local da aplicação, até eventos adversos graves, como anafilaxia e manifestações alérgicas.
O alerta é da Unidade de Gestão de Proteção da Saúde, que ressalta a importância de as doses serem aplicadas apenas às pessoas que pretendem viajar para regiões consideradas de risco, como Niterói-RJ, Campinas, todo o Estado do Espírito Santo, 69 municípios do Sul e sudeste da Bahia, entre outras. “Manifestações adversas graves até podem acontecer, estando associadas à disseminação do vírus vacinal”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raiz.
Neste sentido, é importante a avaliação pelo serviço de saúde da vacinação nas pessoas com critérios de precaução ou contraindicação, pois a frequência de notificações de eventos adversos associados à vacina de febre amarela é maior nas campanhas do que na rotina, particularmente em áreas onde as doses não eram aplicadas anteriormente. “Jundiaí está completamente fora da chamada área de risco. Nenhum caso suspeito da doença foi notificado no município.”
As doses de vacina são repassadas para o município pela Secretaria Estadual da Saúde, por meio da Divisão Regional de Saúde (DIR), cuja cobertura inclui Campinas, região considerada de risco. “Tivemos um remanejamento do envio de doses. Ainda assim, Jundiaí recebeu, em janeiro, 2.856 doses e em fevereiro, 5.388. Ocorre que se as pessoas tomarem a vacina sem a real necessidade, deixaremos de imunizar quem realmente precisa e, ainda, estaremos expondo ao vírus vacinal”, ressalta Fauzia.
Conforme compromisso firmado pelo Estado, uma nova remessa de 1,3 mil doses da vacina chegou ao município, devendo ser aplicada durante todo o mês de abril. “Portanto, mais uma vez, apelamos para o bom senso da população. A falta de vacina se estende a todos os municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ). A propósito, pessoas de cidades vizinhas têm recorrido às nossas Unidades Básicas de Saúde em busca da vacina.”
Ainda sobre a vacina, a diretora lembra que a vacina é composta por vírus vivo, sendo contraindicada para crianças menores de seis meses, pacientes com imunodepressão de qualquer natureza, pacientes com neoplasia, pacientes infectados com HIV com imunossupressão grave, pacientes em tratamento com quimioterapia, radioterapia, corticosteróides e pacientes submetidos a transplantes de órgãos.
Reações
As manifestações mais frequentes da vacina é a dor no local da aplicação. Outros efeitos mais sistêmicos podem ser registrados como febre, cefaléia e mialgia. Eventos adversos graves estão na lista, incluindo doenças neurológicas agudas (encefalite, meningite e doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso) e doença Viscerotrópica aguda (infecção generalizada).
Diante de qualquer uma destas reações após a vacinação, é importante informar e notificar o serviço de saúde, preferencialmente, em até 24 horas.
Assessoria de Imprensa
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