Com projeto de prevenção, Jundiaí se mantém livre de Leishimaniose

Publicada em 05/05/2017 às 12:58

O sul de Minas Gerais e o noroeste do Estado de São Paulo têm preocupado as autoridades de saúde com casos de leishmaniose. Jundiaí segue sem o vetor transmissor da doença, mas redobra a atenção para que o vetor não chegue até o município.

O cenário favorável é resultado de um trabalho pioneiro desenvolvido desde 2007, quando a Unidade de Vigilância de Zoonoses iniciou um mapeamento que permitiu o levantamento de áreas mais suscetíveis para o surgimento do vetor. “Nunca tivemos casos de leishmaniose em Jundiaí e trabalhamos muito ativamente para que esta situação seja mantida”, garante o gerente da Zoonoses, Carlos Ozahata.

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Na região, a Zoonoses tem atuado com o apoio técnico, realizando exames paractológicos e inquérito sorológico. Além disso, agentes de saúde têm disponibilizado as chamadas “armadilhas luminosas”, que ao serem usadas dentro do inquérito entomológico, permitem detectar a presença do flebotomíneo (ou mosquito-palha), vetor da doença.

Outro diferencial de Jundiaí é a parceria com o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo que permite a agilidade na realização dos exames rápidos para a identificação da leishmaniose em nível regional. “Para atender todas as frentes, a rede de prevenção inclui ainda um trabalho educativo que realizamos entre os profissionais da saúde e a comunidade em geral”, relata.

Ozahata explica que a ação do ‘mosquito palha’, transmissor da doença é semelhante à dengue, ou seja, quando há a necessidade de o mosquito picar um animal doente e depois uma pessoa para que ocorra a transmissão do protozoário. O gerente alerta ainda para a vigilância da doença, já que o inseto tem se adaptado à vida urbana. “Não é endêmico em Jundiaí, mas o trabalho agora é para evitar que o vetor entre no nosso município”.

Diferente do mosquito transmissor da dengue, o ‘mosquito palha’ não precisa de água, mas sim de matéria orgânica para se desenvolver. Por isso, Ozahata recomenda que medidas simples como a limpeza do quintal, eliminação de resíduos orgânicos e fontes de umidade são importantes para evitar ou reduzir a proliferação do vetor.

Os principais sintomas da leishmaniose visceral canina são febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação e úlceras na pele, ceratoconjuntivite, coriza, diarreia, fezes sanguinolentas, vômitos, anemia. Frequentemente, a infecção progride lentamente para a morte.

Assessoria de Imprensa


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2017/05/05/com-projeto-de-prevencao-pioneiro-jundiai-mantem-livre-de-leishimaniose/

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