Arte como terapia muda rotina de usuários da UBS Esplanada
Publicada em 19/09/2017 às 16:49 Desenvolver atividades artesanais é uma forma de terapia colocada em prática pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Esplanada. Lá, cerca de 40 mulheres fazem aulas de crochê, patch apliquê, tye dye, tricô, ponto cruz, macramê, ponto reto, decoupagem, corte e costura, caixa encapada, fuxico, chinelo de miçangas e unhas artísticas, e os resultados na saúde é observado com a redução de consumo de medicamentos e melhoria na qualidade de vida.Dona Yalta Gomes dos Santos, 72 anos, por 50 anos de sua vida foi professora de corte e costura. No ano passado enfrentou depressão e acabou por sofrer oito Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). Estava em tratamento quando se mudou para Jundiaí. “Fazia tratamento em São Paulo, onde morava. Me viraram do avesso de tantos exames. Passei a ser atendida aqui na UBS e a participar do grupo de arte como terapia para a depressão. Em pouco tempo já não precisava mais de remédios. Me transformou. Hoje sou realizada”, conta a idosa, animada por ter ajudado uma jovem de pouco mais de 20 anos a recuperar a autoestima e autoconfiança após ensiná-la a fazer fuxicos.
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Inês Marassato de Oliveira, 64 anos, foi a primeira professora voluntária do grupo. “Antes eu ficava em casa, cuidando da família. Foi um desafio começar o grupo, com 15 mulheres. Hoje são 40 que, além de ter fazer terapia, ainda podem ganhar dinheiro com o que aprendem aqui”, comenta.
A enfermeira e gerente da UBS Esplanada, Fabiana Montoro Novo, explica que a realização destas atividades fortalece o vínculo do usuário com o serviço. “Pode parecer estranho à primeira vista, mas a arteterapia é uma forma de promoção de saúde através de discussões sobre prevenção de doenças que são levadas para o grupo, promove a qualidade física e mental, propicia o convívio social com outras gerações além de fortalecer o vínculo já que, enquanto estão no curso, os médicos e enfermeiros acabam participando e estreitando os laços com os usuários”, detalha.Segundo a enfermeira, não há fila de espera para a participação nos grupos, que se reúnem três vezes por semana, por duas horas, no período da tarde. Os usuários da UBS interessados em participar devem comparecer no dia e no horário do curso escolhido trazendo os materiais necessários para o desenvolvimento da atividade.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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