Febre maculosa: Vigilância alerta sobre cuidados para evitar a doença

Publicada em 11/06/2018 às 14:36

Jundaí registra, neste ano, cinco notificações de suspeita da doença, mas não há confirmação

Entre os meses de abril a outubro, a ocorrência de carrapatos é maior, e, com eles, o risco de contrair a febre maculosa, doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, causada por bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii). De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE), tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença, bem como os cuidados com a vestimenta em caso de entrada em locais com ocorrência de carrapato.

A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do carrapato infectado com Rickettsia e a transmissão, geralmente, ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de quatro a seis horas. A doença não é transmitida de pessoa a pessoa. No homem, os primeiros sintomas surgem de dois a 14 dias (em média sete dias) após a picada. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses. Essa infecção pode ser propagada para outros carrapatos por várias formas.

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“A doença pode ser de difícil diagnóstico, sobretudo em sua fase inicial, mesmo entre profissionais bastante experientes. O início geralmente é abrupto e os sintomas são inicialmente inespecíficos e incluem: febre (em geral alta), dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Para a confirmação diagnóstica são realizadas duas coletas de sangue, sendo a primeira amostra no momento da suspeita e a segunda 14 dias após a primeira. Em geral, entre o 2º e o 5º dias da doença, surge o exantema (pontinhos avermelhados na palma das mãos e solas dos pés). Embora seja o sinal clínico mais importante, o exantema pode estar ausente, o que pode dificultar e/ou retardar o diagnóstico e tratamento”, comenta a enfermeira chefe da VE, Cinara Fredo.

Neste ano foram registrados cinco casos suspeitos da doença, sem confirmações. No ano passado, no entanto, foram registrados 19 notificações, com duas confirmações e uma morte pela doença. Já o ano de 2016, foram 44 notificações, sendo sete casos confirmados e cinco óbitos pela doença.

Febre maculosa é transmitida por carrapato contaminado e é de difícil diagnóstico

A partir de suspeita de febre maculosa, o tratamento com antibiótico deve ser iniciado imediatamente. Se o paciente é tratado nos primeiros 5 dias da doença, a febre geralmente regride entre 24 e 72 horas, após o início do uso apropriado de antibiótico. “O tratamento deve ser mantido por 3 dias, após o término da febre. Não é recomendada a antibioticoterapia profilática para pessoas não doentes, que tenham sido recentemente picadas por carrapatos, podendo apenas contribuir para atrasar o início dos primeiros sintomas, caso venham a desenvolver a doença”, detalha. Quanto mais rápido ocorrer a retirada dos carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.

Cuidados
Nos casos de contato com áreas com presença de carrapatos, recomenda-se o uso de mangas longas, botas e de calça comprida com a parte inferior dentro das meias, todos de cor clara para facilitar a visualização dos carrapatos. De acordo com a chefe da VE, após a utilização das roupas, deve-se colocar todas as peças em água fervente para a retirada dos artrópodes.

Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2018/06/11/febre-maculosa-vigilancia-alerta-sobre-cuidados-para-evitar-a-doenca/

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