No Mês do Patrimônio, oficina ensina como cuidar de livros
Publicada em 03/08/2019 às 17:33
Pela manhã, um evento cultural em parceria com o Instituto Envelhecer na chamada “Estaçãozinha” também integrou a programação do Mês do Patrimônio
Com as 20 vagas oferecidas esgotadas, a Oficina de Higienização de Acervos Bibliográficos foi realizada neste sábado (3) Centro de Memória de Jundiaí, no Complexo Fepasa. O evento fez parte da programação do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural 2019, realizado pela Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), que trará, até o próximo dia 31, uma série de oficinas e palestras gratuitas abertas para o público geral.
A oficina foi ministrada pelas especialistas Kathlin Morais e Malu Nagai, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e trouxe técnicas básicas de preservação e conservação de material bibliográficos, como manuseio correto e limpeza. Cada participante pôde levar um livro para praticar; quem não levou, teve à disposição alguns exemplares antigos distribuídos pelas professoras.
Larissa Costa levou um de seus livros preferidos para ser restaurado: “Corpo”, de Carlos Drummond de Andrade
Larissa Costa, fã de literatura, levou um livro publicado em 1984 para restaurar: “Corpo”, de Carlos Drummond de Andrade, que tinha fitas adesivas coladas e marcas de umidade. “Gosto demais desse livro, ele tem um valor sentimental para mim”, disse. Já a encadernadora Mariléia Sanches Marques trouxe “Perambulando pela Turquia e pela Grécia”, publicado em 1961 pela extinta editora José Olympio. “Eu até tenho livros mais antigos, mas este foi do meu pai, e eu queria mantê-lo em bom estado”.
Sob orientação das professoras, os participantes utilizaram tecidos, pincéis e escovas de vários tipos para retirar umidade e poeira dos exemplares, e foram orientados sobre como guardar os livros para evitar os maiores inimigos da conservação: luz, umidade e alta temperatura.
Presente à oficina, o diretor do Departamento do Patrimônio Histórico da UGC, William Paixão, destacou a importância da preservação. “Queremos dar cor ao patrimônio e levar essa discussão para além do meio acadêmico, mostrando que Jundiaí tem muito a ser preservado e valorizado”, afirmou. Pela manhã, um evento cultural em parceria com o Instituto Envelhecer na chamada “Estaçãozinha”, localizada ao lado do Viaduto da Ponte São João, também integrou a programação do Mês do Patrimônio, que contará com 27 atividades ao longo de agosto.
Programação
Os próximos eventos ocorrerão na segunda-feira (05), quando o Centro de Memória recebe, às 19h, a Oficina de Leitura de Manuscritos, também ministrada por Kathlin Morais. Os participantes entrarão em contato com as primeiras técnicas para leitura de manuscritos do século 17 e deverão levar caneta, borracha e lápis.
Sob orientação das professoras, os participantes foram orientados sobre como recuperar e armazenar livros
No sábado (10), às 10h, na Sala B1 do Complexo Fepasa, será oferecida a oficina Documento de Família, ministrada pela profissional arquivista Maria Fernandes Mendes e Freitas. Durante a oficina, realizada pela Fundação Energia e Saneamento, serão dadas orientações da área arquivista e conservação sobre como preservar, da forma mais adequada, fotos e documentos antigos de família.
A programação completa e os links para inscrição podem ser consultados no site do Mês do Patrimônio Histórico (https://cultura.jundiai.sp.gov.br/mesdopatrimonio/)
Saiba mais em
https://cultura.jundiai.sp.gov.br/mesdopatrimonio/
Assessoria de Imprensa
Foto: Arquivo PMJ
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