Jundiaí sobe duas posições e é a mais pacífica do Brasil entre as cidades de médio porte
Publicada em 06/08/2019 às 18:42O Atlas da Violência – Retratos dos Municípios Brasileiros, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) anualmente para apurar o ranking de violência nacional, mais uma vez, coloca Jundiaí como a cidade com mais de 300 mil habitantes com menor taxa de homicídio no País. Na comparação geral, a cidade subiu duas posições em relação à publicação de 2017, deixando a 8ª colocação para a 6ª. No comparativo geral do estudo, Jundiaí figura com a cidade de médio porte com menos taxa de homicídio, com registro de 6,1. Mais próxima está Santos, com 434.742 habitantes e índice de 7,8 seguida por Limeira, com 300,9 mil habitantes e índice de 7,7. Maringá, uma cidade reconhecida por sua estrutura e mobilidade, tem índice de 12,7 com uma população de 406.693.
A melhoria se dá pelos investimentos realizados na Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ) bem como a união das demais forças de segurança em prol do melhor atendimento ao munícipe. Para os próximos meses a Prefeitura de Jundiaí aplicará R$ 10 milhões em recursos na aquisição de mais veículos destinados à segurança, ampliação no sistema de videomonitoramento, sistema inteligente OCR, software analítico e drones de vigilância, como resultado de tratativas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a estruturação de um financiamento para modernizar a infraestrutura da segurança pública.
Para o Prefeito Luiz Fernando Machado, Jundiaí é uma cidade com mais de 400 mil habitantes que conta com índices de homicídios próximos de cidades pequenas. “Estamos na 6ª colocação nacional, atrás de municípios com menos de 200 mil habitantes (Jaú, Indaiatuba, Valinhos – paulistas -, e Jaraguá do Sul e Brusque, catarinenses). Isso prova que os investimentos feitos foram essenciais para o avanço no ranking. Com os novos investimentos que serão realizados, a tendência é evoluir ainda mais, com ampliação do monitoramento nos bairros e sistemas inteligentes”, argumenta.
O gestor da Unidade de Gestão de Segurança Municipal, Paulo Sérgio de Lemos Giacomelli Stel, aponta vários fatores como fundamentais para o resultado do índice. “Além da atuação das forças de segurança em grandes eventos, – a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) -, o trabalho em conjunto é feito com planejamento estratégico de ações, baseado em estatísticas e trabalho de inteligência, outros fatores também contribuem para o avanço da cidade, como a maior oferta de emprego e investimentos de empresas que chegam na cidade, que também interferem na melhoria dos índices de segurança”, analisa o gestor.
Stel adianta que entre os investimentos que devem ser vistos pela população em breve serão as aquisições de novas viaturas, que ampliarão em 10% a quantidade de veículos da corporação, além de armamento, munições, equipamentos e coletes para o efetivo.
O tenente coronel da Polícia Militar, Eduardo Yassui, comandante do 49º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMi) salienta a parceria e atuação conjunta como ponto estratégico para avançar ainda mais no setor. “Temos desenvolvido ações integradas com o apoio da Prefeitura e alcançado resultados desejados. A PM, da mesma forma que a GM, desenvolve o patrulhamento ostensivo, cada um com sua competência, mas de forma planejada a partir de reuniões integradas. A corporação também recebeu novas viaturas e, até o final do ano, deverá contar com 10% mais veículos na frota de atuação diária”, explica.
Da mesma forma, a comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar, Carla Basson, cita o Centro Integrado de Comando e Controle de Jundiaí (CICCJ), que mantém atuação em eventos com grande concentração de público na cidade, como exemplo prático da eficiência da ação conjunta entre as forças policiais. “O formato foi testado a partir de iniciativa do prefeito Luiz Fernando e adesão imediata dos órgãos de segurança, ainda no ano passado, durante a crise dos combustíveis. A efetividade se confirmou em outros eventos de grande repercussão, monitorados em campo, com câmeras e drones, durante 24h, e de forma conjunta entre os setores”, destacou ela.
Dados
Segundo o relatório do IPEA, divulgado na tarde de segunda-feira (5), o conceito de taxa de homicídio por 100 mil habitantes é utilizado para compor um retrato da violência e identificar a epidemiologia das mortes violentas intencionais, que constituem problema para o País.
O Município de Jundiaí, desde o ano passado, iniciou entendimentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no sentido de buscar financiamento para uma série de ações, como: construção de uma nova sede para a GM, integrada com outros serviços de urgência e emergência como a Defesa Civil e Samu/Saec, que operam o sistema de socorro no município e passarão a funcionar de forma integrada, assim como para expansão do sistema de videomonitoramento para os bairros da cidade; especialização profissional; reaparelhamento e modernização; além de contratação de serviços de diagnóstico da violência e assessoria para reorganização do modelo de segurança, no âmbito do Plano Municipal de Segurança, para modernizar a infraestrutura da segurança pública em Jundiaí por meio das ações integradas desenvolvidas pela Guarda Municipal e as polícias estaduais, com o objetivo de garantir a segurança e o bem-estar da população – um dos principais compromissos da atual Administração.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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