Educação empreendedora chega às escolas municipais
Publicada em 28/08/2019 às 10:46A hora do intervalo na Emeb Luiz Biela de Souza, no Jardim Santa Gertrudes, é animada às terças e quintas por uma movimentada negociação. Trata-se da locadora de brinquedos, organizada pelos alunos do 4º ano, onde os demais estudantes podem se divertir com Jogo da Velha ou frascos de bolhinhas de sabão a partir de R$ 0,25. Cada um escolhe o brinquedo que deseja, se dirige ao “caixa”, faz o pagamento e aproveita a brincadeira. O dinheiro arrecadado servirá para que a garotada do possa organizar uma ida coletiva ao cinema.
A iniciativa faz parte do Projeto JEPP – Jovens Empreendedores Primeiros Passos – proposta pelo Sebrae e adotada em 13 Emebs de Jundiaí de período integral, beneficiando mais de 4 mil alunos. O objetivo é dar às crianças noções de investimentos, planejamento e empreendedorismo.
Na Emeb Luiz Biela, os 388 alunos estão envolvidos em diversas atividades, que incluem, além do aluguel de brinquedos, a fabricação de produtos de beleza e higiene pessoal, sanduíches naturais e cultivo de vasos de plantas ornamentais, entre outros. Tudo será exposto e vendido em uma feira na Emeb, aberta à comunidade, no dia 4 de outubro.
Segundo a diretora da escola, Cinthia Rizzato Polonio, a iniciativa teve início em abril e tem sido abraçada com entusiasmo pelos alunos. “As próprias crianças decidem no que desejam investir, como irão desenvolver a ideia e no que investirão o dinheiro arrecadado”, conta.
Anna Clara Targino, de 10 anos, e Ana Beatriz de Souza Silva, de 9, atuam na locação. “A professora disse pra trazermos de casa brinquedos em bom estado e alugarmos aqui”, explica Anna Clara. “Somos atendentes. Explicamos como os brinquedos funcionam”, diz Ana Beatriz. “Já arrecadamos mais de 200 reais”.
Na terça-feira, além da locadora de brinquedos, os alunos do 1º ano participavam de uma aula sobre produção de sais de banho, ministrada por André Curado, artesão e expositor da Feira Jundiaí Feita à Mão. Todos aprenderam a misturar aromas, corantes e outros ingredientes ao sal, matéria-prima principal, e embalar o resultado em saquinhos. A aula contava com a participação de duas mães de alunos, uma delas também artesã e responsável pelo convite feito ao professor André. “A escola toda participa dos projetos, sempre envolvendo a comunidade, como neste caso, onde mãe e filha estão na aula”, afirmou Paula Suave, professora da turma.
Nas próximas aulas, as crianças aprenderão a fazer sabonete líquido, máscara facial e sachês. A “empresa” deles já tem até nome: Castelo dos Aromas. O “capital inicial” do empreendimento vem de uma rifa vendida pelos estudantes. “Com o dinheiro que a gente arrecadar, pretendemos fazer um passeio”, conta a aluna Manuela Morandin de Oliveira.
Assessoria de Imprensa
Foto: Arquivo PMJ
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