Educadoras da rede avançam de fase em prêmio sobre boas práticas durante a pandemia

Publicada em 10/02/2021 às 11:54

Os projetos inscritos pelas educadoras Márcia Mendonça de Souza, Daniela Schincariol Ywami e Rafaela de Oliveira Guimarães – das Emebs Paulo Gonçalves de Mello (jardim do Lago), Haydée Mojola (vila Hortolândia) e Aparecida Merino Elias (Medeiros) – avançaram para a segunda fase do prêmio Educação Infantil: Boas Práticas de Professores durante a Pandemia. A iniciativa é promovida pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição renomada com foco no desenvolvimento infantil, e teve como preocupação valorizar os educadores e instituições de ensino que garantiram a continuação do ensino apesar dos desafios e limitações apresentados pela pandemia.

Para a seleção das primeiras 600 propostas inscritas, o prêmio avaliou a garantia de direitos das crianças, a garantia da aprendizagem e adaptabilidade e a criação de apoio e vínculos entre os professores, educadores e familiares. Outros princípios e valores foram levados em conta na seleção, como a ação conjunta entre a escola e a comunidade, a escuta ativa com as crianças e a articulação intersetorial dos agentes.

Para a gestora da Unidade de Gestão de Educação (UGE), Vastí Ferrari Marques, a indicação resulta do comprometimento dos educadores da rede. “O avanço dos projetos no prêmio Educação infantil revela o compromisso dos nossos educadores com a rede municipal de ensino e com a educação pública de qualidade. São projetos que consideram a infância potente e a criança enquanto cidadã, pensando em todos os nossos alunos, mas com atenção especial às que mais precisam, às mais vulneráveis”.

Tela de computador com quatro imagens de uma mesma mulher com um pássaro desenhado num papel, com uma criança segurando um violão e tocando pequenos tambores
Trabalho desenvolvido pela Márcia teve como foco o vínculo com as famílias e as crianças

Para a professora Márcia, da Emeb Paulo Gonçalves, o foco do trabalho foi a criação de vínculos com as famílias. “Eu compreendi que para chegar de modo remoto às crianças era muito importante criar vínculos com as famílias. E elas, por sua vez, entenderam que eu seria uma mediadora de propostas que auxiliariam no desenvolvimento de seus filhos. Assim, a estratégia foi sugerir aos pais atividades da rotina, como a arrumação da mesa para o jantar e o preparo de uma sopa, por exemplo, além de músicas e contações de histórias, como propostas possíveis de realização. Muitos pais relataram a expectativa dos filhos, que aguardavam sentadinhos no cadeirão pelas atividades quando ia chegando a hora”, comemora. A unidade escolar tem 120 alunos do Berçário (de quatro meses a três anos).

A professora Daniela Schincariol, da Emeb Haydée, desenvolveu trabalho voltado à brincadeira entre seus alunos de cinco anos. “Tivemos a preocupação em desenvolver atividades que garantissem às crianças, ainda que isoladas em suas casas, o direito à brincadeira. Brincar é a principal linguagem desta faixa etária e um dos seis direitos de aprendizagem na Educação infantil. Assim, adaptamos as propostas ao novo formato, com a preocupação em relação à manutenção de vínculos entre os alunos e os educadores da escola. Trocamos fotos, cartas, vídeos e receitas, fizemos jogos e desenvolvemos arte e musicalização, em atividades sequenciais, em que os alunos realizavam e dávamos as respostas na sequência”. A Emeb atende cerca de 200 alunos de quatro e cinco anos (Educação Infantil 2).

Mulher sentada usando máscara, filmando outra mulher sentada e usando máscara lendo um livro colorido.
Daniela: a brincadeira como principal linguagem para as crianças

Já o projeto inscrito pela professora Rafaela foi o trabalho desenvolvido com uma aluna autista não verbal. “Inicialmente o trabalho de inclusão foi para a manutenção de vínculos com ela. Na sequência, senti a necessidade de adaptar as atividades desenvolvidas com o grupo também para que ela pudesse participar. E para isso sempre contei com o apoio da família. Para a leitura, fizemos de modo compartilhado: eu lia remotamente, com a mãe do outro lado da tela. Já para a atividade de luz e sombra, muito importante para o estímulo sensorial, emprestei minha mesa de luz para que os pais aplicassem o exercício em casa. Foram muitos os desafios, mas eles trouxeram aprendizado, reinvenção e busca de novos formatos, inclusive para nós educadores”, compartilha a educadora. A Emeb Aparecida Merino possui cerca de 700 alunos, desde o G4 até o 5º ano do Ensino Fundamental.

Há ainda duas etapas de avaliação e seleção final até o resultado das cinco práticas vencedoras, divulgado na segunda quinzena de março. Os educadores premiados irão receber um curso de aprofundamento curricular e mil reais para investir na prática inscrita.

O Prêmio tem como apoiadores a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Fundação Itaú Cultural, e como parceiros técnicos a consultoria ponteAponte e o Instituto Singularidades.

Mulher usando máscara e óculos, agachada, manuseia folhas de plantas sobre caixa com fonte luminosa sobre pavimento de azulejos.
A professora emprestou seu equipamento para que a família da aluna pudesse aplicar a atividade de sombra e luz

Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2021/02/10/educadoras-da-rede-avancam-de-fase-em-premio-sobre-boas-praticas-durante-a-pandemia/
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