Projeto do Mundo das Crianças é desenvolvido pela equipe interna de arquitetos da Prefeitura
Publicada em 16/05/2021 às 10:00O Mundo das Crianças é um espaço inovador, que reúne a aprendizagem, o contato com a natureza, o brincar e o despertar da imaginação tanto nas crianças como nos adultos. Os visitantes que por ali passam, se encantam. Os pequenos querem explorar cada canto e os adultos relembram sua infância e aproveitam momentos de lazer.
O projeto elogiado pelos visitantes foi desenvolvido pela equipe interna de arquitetos do Departamento de Projeto Urbano da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e iniciado em 2017 com o estudo macro, o preliminar.
“Temos como princípio das ações de governo o trabalho intersetorial para potencializar as políticas públicas e entregar melhores resultados à população. Por este motivo, o projeto foi concebido por arquitetos da Prefeitura, que cumpriram com excelência a proposta de ter natureza como elemento essencial para o desenvolvimento das crianças”, conta o prefeito Luiz Fernando Machado.
Os arquitetos do Departamento de Projetos Urbanos da UGPUMA, Bruno Ferrari Brandão da Silva e Eduardo de Mello Martinho comentam que o projeto teve início com a análise de toda a área de compromisso ambiental, mas também procurando tirar partido de todas as características já existentes no terreno.
“Cada área tinha sua série de compromissos ambientais, ou seja, árvores plantadas como compensação ambiental e ainda a Área de Preservação Permanente da represa, além disso, o objetivo sempre foi manter o máximo de área verde possível, interferindo o mínimo possível na natureza existente”, detalham os arquitetos.
Desde o princípio, o Mundo contou com o alinhamento das novas políticas de parques e da criança, incorporando a aprendizagem por meio dos elementos já presentes propondo a junção de um parque de lazer e de proteção e educação ambiental ao mesmo tempo. “O Mundo das Crianças foi projetado para ser o espaço onde nossas crianças definirão, de forma pessoal, o sentido da palavra lazer, aprendendo a importância de proteger a água e o meio ambiente”, afirma o prefeito Luiz Fernando.
O talude, morrote, onde estão os escorregadores, já fazia parte do terreno e o objetivo foi incorporá-lo ao projeto para agir o menos possível no território e diminuir a movimentação de terra.
“Projetamos um conjunto de sanitários em cada ponta, encaixados no morrote, com isso foi possível possibilitar que os visitantes possam se apropriar do relevo e apreciar a bela paisagem da represa, ter uma visão mais ampla do espaço e ainda um convite para crianças e adultos peguem um pedaço de papelão e desçam escorregando”, comenta Eduardo.
Os arquitetos explicam sobre a ideia de trazer um foguete como símbolo para o Mundo das Crianças. O intuito é fazer uma transição, para que a criança e o visitante se sintam convidados a se sentir em um ambiente diferente. “É um convite para uma mudança, para viajar a um outro lugar e nada como um foguete para estimular essa criatividade. As camas elásticas ao entorno são para que as crianças imaginem estar em um ambiente sem gravidade, o piso emborrachado como se fosse um campo de pouso e a floresta de palitos como um novo lugar a ser explorado”, conta Bruno.
No interior do foguete, a criança pode também se imaginar num forte, em uma casinha, um estímulo para a imaginação, como também ao equilíbrio, à coragem de subir e descer. “Um novo convite para que a criança seja curiosa, questionadora, veja as possibilidades para o seu mundo. Todo o projeto levou em consideração o risco moderado, um importante aspecto para o desenvolvimento da criança”, lembra o gestor da UGPUMA, Sinésio Scarabello Filho.
Os pisos emborrachados que chamam a atenção dos visitantes e dão o colorido e alegria ao projeto também estão em diversos pontos em toda a extensão do Mundo. Os pisos são drenantes e permitem a ampliação da área de drenagem das águas de chuvas e foram colocados de maneira estratégica em pontos de junção e que facilitam a criação de um mapa mental. “Os pisos emborrachados ajudam o visitante a se localizar e estimula que ele se relacione com o espaço. São conjuntos de intensidade para instigar a curiosidade, fazer com que as pessoas possam se apropriar dos elementos”, afirma Eduardo.
Esportes e espaços multiuso
A área das quadras esportivas promove uma integração do esporte, com a visão da Serra do Japi, da represa de Acumulação e, no futuro, com a próxima etapa do Mundo das Crianças. Esse novo espaço irá oferecer ainda mais contato com o meio ambiente, com passarelas por cima das árvores, por exemplo, será uma completa integração do esporte com a natureza”, fala Bruno.
Integrado ao terreno e situado no ponto de articulação entre 2 grandes eixos de circulação e organização do território, foi proposto um conjunto de edifícios, com o pavilhão, sanitários e lanchonete. “Para além do aspecto funcional, o conjunto se encaixa no terreno, propõe passeio pelos espaços intermediários como também marca referência na paisagem, servindo como mirante para a área de mata, brejo e rio até o horizonte da Serra do Japi. Integrado também ao conceito geral da proposta, esse conjunto propicia relações lúdicas com relação ao terreno e circulações, mas também convida ao contato direto com a água”, explica Bruno.
O Mundo das Crianças também conta com espaços multiusos. Algumas das quadras já foram projetadas com este intuito, elas são reversíveis e contam com arquibancadas para acomodar o público. Além disso, o estacionamento de veículos foi desenvolvido em linha, com o objetivo de evitar que esses veículos motorizados entrassem no território, além de possibilitar diferentes usos para o espaço, mesmo com as sinalizações viárias. “O formato do estacionamento permite que seja utilizado até mesmo para exposições ou feiras. Os largos são convites para adentrar no território à frente, além de oferecer segurança e prioridade ao pedestre”, comenta Eduardo.
Obra
A equipe da DAE cuidou de cada ponto da construção do projeto, que se diferencia pela inovação e visão. “Foi um desafio pensar em uma obra que fosse além dos espaços já existentes na cidade, em função das fontes, a área esportiva e os parquinhos com foco nas crianças menores”, lembra o diretor presidente, Walter da Costa e Silva Filho.
Segundo ele, a Casa na Árvore e o foguete foram os pontos de partida do Mundo das Crianças. “A Casa na Árvore foi um pedido do prefeito, que solicitou uma sala de aula para as crianças. Cada ponto foi pensado com carinho: a estrutura, as cores, as frases na parede e o deck, onde eles podem aprender ao ar livre. Já o foguete é o símbolo do Mundo.”
Para o futuro, a DAE planeja um Museu da Água, que vai contar a história do saneamento no município e ressaltar a importância do consumo consciente. Além disso, com o Mundo, a ciclovia entre o Parque da Cidade e o Jardim Botânico ficou ainda mais atrativa. “A ciclovia está fechada neste momento em função de manutenções, mas, quando for reaberta, permitirá que a pessoa transite por três espaços de muita natureza, cada um com uma característica diferente: o Parque, o Mundo e o Botânico.”
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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