Por Onde Andei: roda de conversa sobre violência contra a mulher é retomada de modo virtual
Publicada em 04/06/2021 às 13:33Como trabalho de prevenção à violência contra a mulher, a Prefeitura realiza, por meio da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), as reuniões em grupo pelo programa “Por Onde Andei”. Lançado no início do ano passado, os encontros agora são realizados de modo virtual, sempre às terças-feiras, das 17h às 18h30, e expandiu as possibilidades de participações.
Além dos encaminhamentos do Judiciário para o cumprimento compulsório de pena de autores de violência, o grupo agora é aberto para demanda espontânea de interessados e encaminhamentos sugeridos pela rede socioassistencial do Município; pela rede intersetorial da Prefeitura, da qual também fazem parte órgãos das Unidades de Gestão, como Promoção da Saúde (UGPS) e Educação (UGE); pela Patrulha Guardiã Maria da Penha; pela Guarda Municipal de Jundiaí; pelas delegacias, como a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e pela rede hospitalar.
Com caráter reflexivo para a construção de identidade masculina e de sua relação com a experiência da violência, o programa traz conversas e atividades diversas em grupo de homens com histórico de violência contra a mulher no âmbito conjugal. Atualmente, suas atividades são facilitadas pelas técnicas da UGADS Gisele Felizardo e Thayana Ribeiro. Os interessados podem entrar em contato com a UGADS pelo telefone (11) 4522-0333.
Segundo o diretor do Departamento de Proteção Social Especial da UGADS, Luiz Guilherme Camargo, explica a proposta. “O propósito deste trabalho é permitir que os homens possam refletir acerca de suas atitudes e avaliar a repercussão de seus atos. Com isso, a ideia favorecer o entendimento de que estamos incluídos dentro de uma cultura com viés machista, fato este que permite a naturalização de atos de violência contra a mulher.”
Mais iniciativas
Outras iniciativas da Prefeitura visam ao enfrentamento à violência e ao suporte à mulher vítima de violência, como a criação da Patrulha Maria da Penha e uma rede de proteção, envolvendo também as Unidades de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) e de Segurança Municipal (UGSM). Outra iniciativa é a Casa Sol, serviço de abrigamento, em endereço sigiloso e com suporte psicossocial de profissionais, para mulheres sob ameaças ou risco de morte.
Suspenso por conta da pandemia, era realizado também desde novembro de 2017 o programa “Voz da Consciência” com detentos que cumprem pena por violência doméstica no Centro de Detenção Provisória (CDP) “Marcos Antônio Alves Bezerra”. A iniciativa resultou em convênio firmado pela Prefeitura com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP). De acordo com o CDP, a reincidência de detentos pelo mesmo crime, que era de 40% até antes do programa, caiu para zero a partir de sua realização.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ
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