Live sobre a Lei Maria da Penha foi destaque no encerramento do Agosto Lilás

Publicada em 01/09/2021 às 18:45

Para marcar o encerramento da programação do Agosto Lilás em Jundiaí, a série “Live Especial Mulher”, desenvolvida pelas Unidades de Gestão de Cultura (UGC) e da Casa Civil (UGCC), por meio da Assessoria de Políticas Públicas para Mulheres, realizou uma live para marcar os 15 anos da Lei Maria da Penha. O encontro dessa terça-feira (31) teve transmissão on-line pelas redes sociais da Cultura e tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Além desta atividade, foi promovida ainda na segunda-feira (30) uma live especial do Agosto Lilás para servidores, e que também pode ser acessado nas redes da Cultura.

As convidadas especiais da noite foram a delegada de polícia e coordenadora do Serviço Técnico de Apoio às Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher do Estado de São Paulo, Jamila Jorge Ferrari; a promotora pública em Jundiaí Kelli Giovanna Altieri Arantes; e a Defensora Pública Drª. Mariana Chaib.

De acordo com Jamila, além de marcar a criação da Lei, foi no mês de agosto que se criou a primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) no Brasil, que foi na cidade de São Paulo, há 36 anos. “A violência contra a mulher deve e tem que ser denunciada. Registrar um boletim de ocorrência é o primeiro passo para se romper o ciclo da violência. As DDMs são a porta de entrada para as vítimas que, após serem acolhidas, ainda receberão outros atendimentos. Trabalhamos em rede, assim encaminhamos essas mulheres para outros serviços como atendimento psicológico, financeiro e até mesmo seu deslocamento e de seus filhos para abrigos sigilosos. Por isso, durante a pandemia criamos a DDM Online, que atende 24 horas, sete dias por semana, que conta com uma equipe para agilizar o atendimento e buscar quando necessário as medidas protetivas”.

Já Kelli abordou os vários tipos de violência contra a mulher. “Ainda é muito comum as pessoas acharem que violência contra a mulher tem que deixar marcas em seu corpo. Porém, as feridas não são a única violência. Além da violência física temos as violências moral, psicológica, perseguição, patrimonial e sexual”.

O combate à violência contra a mulher é um combate diário, segundo a defensora pública Mariana Chaib. “O trabalho da Defensoria ainda é muito pouco conhecido e as vezes até confundido. Prestamos assistência jurídica gratuita e integral a pessoas que não têm condições. No nosso dia a dia, notamos que muitas mulheres desconhecem os seus direitos, muitas ainda acham que só podem registrar um boletim de ocorrência quando há violência física. Então estamos orientando essas mulheres em várias demandas, sendo as mais comuns as de pedido de pensão alimentícia, guarda e visita de filhos, divórcios e dissolução de relações estáveis, mostrando a elas que só dessa forma o ciclo de violência se romperá”, finalizou a defensora.

O encontro teve transmissão pelas redes sociais da Cultura e tradução simultânea Libras

Alcançando objetivos
O gestor UGCC, Gustavo Maryssael de Campos, comentou que o verdadeiro empoderamento da mulher se dá através do conhecimento. “A live sobre a Lei Maria da Penha, mostrado sob a visão das três convidadas, foi uma aula. E é dessa forma, promovendo o aprendizado, que teremos o rompimento do ciclo da violência contra a mulher. O tema proposto possibilitou acender uma luz não sobre a violência e sim sobre os mecanismos existentes, as formas, os caminhos e os instrumentos legislativos existentes e a importância da construção de políticas públicas para a segurança da mulher”.

Já para o gestor da UGCC, Marcelo Peroni, a realização da série “Live Especial Mulher”, que vem acontecendo desde março, é uma forma de trabalhar a cultura de forma mais ampla. “Não estamos apenas voltados para as Belas Artes, mas nosso papel é o de colocar em pauta assuntos áridos, difíceis, mas que mostram a realidade da nossa sociedade, dos nossos hábitos e costumes. Por isso nos encontros anteriores, já debatemos sobre a mulher no agronegócio, o mercado de trabalho, o enfrentamento à violência, a ampliação de direitos e atuação das mulheres em diversas áreas”.

Segundo a assessora para Políticas Públicas para as Mulheres da UGCC, Penha Maria Camunhas Martins, os objetivos estão sendo alcançados a cada live. “Nossa proposta é o de mostrar a realidade que vive a mulher em diversas situações e em seus setores de atuação. Aproveitamos também para difundir e divulgar os serviços e ferramentas hoje existentes no município, do nosso trabalho integrado, onde já estamos caminhando para a criação do Plano Municipal de Prevenção da Violência contra a Mulher”, destacou.

Todos os encontros da série “Mulheres” contam ainda com a performance especial de uma artista de Jundiaí. A convidada desta vez foi a bailarina, professora e coreógrafa Luana Espíndola, do Instituto de Orientação Artística – IOA Dança.

Até o fim do ano, estão previstos mais encontros online mensais, com convidados e artistas especiais, com temas como o papel da Mulher na Política, a igualdade entre homens e mulheres, Direitos Humanos e Saúde da Mulher.

Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2021/09/01/live-sobre-a-lei-maria-da-penha-foi-destaque-no-encerramento-do-agosto-lilas/

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