Grupo de Trabalho aborda implantação de sistema para notificar tentativas e casos de suicídio
Publicada em 13/10/2021 às 15:44O Grupo de Trabalho da Política Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio reuniu-se na manhã desta quarta-feira (13) para discutir novas ações para a implantação do Plano Municipal de Prevenção a Automutilação e Suicídio. O encontro ocorreu no Paço Municipal, através do assessor de Políticas de Direitos Humanos, ligada à Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), em parceria com a Unidade de Gestão de Saúde. Fazem parte do Grupo de Trabalho o CVV (Centro de Valorização da Vida), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros.
“O cuidado com a saúde mental, estabelecendo um plano que busca ferramentas para combater o suicídio e a automutilação, é uma prioridade, sobretudo quando levamos em conta as sequelas que ficarão com a pós-pandemia”, declara o gestor da Casa Civil, Gustavo Maryssael. “Os trabalhos para a consolidação do plano têm avançado e, até o fim do ano, ocorrem mais dois encontros do grupo de trabalho”, explica o assessor de Políticas de Direitos Humanos, Paulo Fernando de Almeida.
Um dos assuntos abordados na reunião desta quarta-feira foi a implantação de um documento de notificação por diferentes forças de Segurança e Saúde e de um sistema virtual para que esses órgãos tenham acesso aos casos, sejam de tentativas ou consumação do suicídio. “É frequente, por exemplo, o hospital receber um caso e não ter informações sobre os atendimentos já prestados à ocorrência pelos demais órgãos, como a PM e Corpo de Bombeiros”, explica o coordenador de Saúde Mental da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde e coordenador do grupo de trabalho, Alexandre Moreno Sandri. “Essa ferramenta, se bem implementada, pode corrigir isso.”
“Com uma ferramenta que seja transversal, poderemos compartilhar informações e aumentar nosso banco de dados e, assim, buscar formas de diminuir os casos de suicídio na cidade”, afirma o delegado assistente da Delegacia Seccional de Jundiaí, Marco Antonio Ferreira. “A Polícia Civil precisa ter informações sobre esses casos, pois há situações que necessitam de investigação. Cometer suicídio, segundo nosso Código Penal, não é crime, mas induzir ou instigar é.”
Representando o CVV, a médica psiquiatra Maria Cristina D’Stefano lembra que as informações compartilhadas devem ter como foco não apenas o paciente, mas também seus familiares e pessoas próximas. “E não basta apenas termos a ferramenta para o registro e o compartilhamento de dados. Precisamos discutir a necessidade de todos, a começar pela família do pessoa que tentou ou cometeu o suicídio, contribuir com informações sobre os casos.”
Assessoria de Imprensa
Foto: fotógrafo PMJ
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