Atualização da tarifa do transporte coletivo é menor que a inflação
Publicada em 14/01/2022 às 08:59A Prefeitura de Jundiaí realizará, a partir da zero hora do dia 16 de janeiro, uma atualização no valor da passagem do transporte coletivo municipal. O reajuste ocorre após quase três anos de congelamento e é menor que a inflação do período, que passou dos 17%.
O aumento é justificado pela alta dos insumos utilizados pelo setor de transportes – especialmente do petróleo e seus derivados – e da inflação, além do reajuste concedido aos trabalhadores do setor. De abril de 2019 – quando ocorreu o último reajuste da tarifa – a janeiro de 2022, somente o preço do diesel aumentou 59,2%. Esse ajuste na tarifa recupera parte do equilíbrio econômico-financeiro do contrato da concessionária com o Município, além de assegurar a prestação regular do serviço para o usuário do transporte coletivo, que chega a 90 mil passageiros/dia atualmente.
O valor da passagem vai de R$ 4,20 para R$ 4,50 para quem usa o Bilhete Único. Estudante passará a pagar R$ 2,25 e o vale transporte vai de R$ 4,70 para R$ 5,00. A tarifa para quem paga em cartão de crédito ou débito ou ainda dinheiro, o valor passa de R$ 4,60 para R$ 5,00. A tarifa social a R$ 1,00 no primeiro e terceiro domingos de cada mês segue mantida, assim como a gratuidade para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência. Os últimos dados mostram que 75 mil idosos e 35 mil pessoas com deficiência, na média/mês, utilizam de graça o transporte coletivo.
A atualização do valor do Bilhete Único de pouco mais de 7% é menor que a inflação do período de abril de 2019 – quando ocorreu o último reajuste – até dezembro de 2021 (17,59%). O valor da tarifa em Jundiaí, mesmo com o reajuste, é menor que em outras cidades, como Piracicaba, onde foi de 16%, chegando a R$ 5,60. Outros municípios também tiveram aumento superior a R$ 5, como Campinas (R$ 5,50), Itu (R$ 5,15) e Diadema (R$ 5,10) (veja outros exemplos aqui).
Custos do sistema
A Prefeitura de Jundiaí esclarece que o transporte coletivo no município é custeado parte pelo passageiro que paga a tarifa pública na catraca e parte pela Prefeitura, por meio de subsídio, que, ao final, é custeado por todos os contribuintes do município. A diferença paga pela Prefeitura à concessionária pelo Bilhete Único de R$ 4,50, por exemplo, é de cerca de R$ 1,60. Para cada tipo de tarifa, o município arca com um valor.
Em 2021, o subsídio foi calculado em R$ 44,7 milhões, R$ 12 milhões a mais do que o que foi pago em 2020. Com o reequilíbrio do contrato, a partir deste reajuste da tarifa, o subsídio deve recuar para patamar possível de ser cumprido pelo Orçamento Municipal, de R$ 31 milhões. O valor da tarifa estava congelado desde 2019.
A equação para manter o sistema fica cada vez mais difícil e é necessário que o governo federal passe a integrar o financiamento da política de transporte no país, como deveria ser, a exemplo do SUS na área da Saúde. Está tramitando um projeto de lei no Congresso Nacional que propõe transferir recursos de fundos federais para auxiliar os municípios a custearem as gratuidades com idosos, por exemplo, mas não foi aprovado até o presente momento. Essa é a demanda dos prefeitos brasileiros que possuem sistema de transporte para o governo federal, mas que até agora não foi equacionada. Em Jundiaí, os idosos usam o sistema de transporte, gratuitamente, quase um milhão de vezes por ano.
Investimentos
Apesar das dificuldades trazidas pela pandemia, a Prefeitura de Jundiaí têm feito importantes investimentos no transporte coletivo municipal, por meio de obrigações impostas às concessionárias. A Prefeitura está concluindo o plano municipal de mobilidade urbana com o objetivo de apontar caminhos para destravar os gargalos no trânsito da cidade, com soluções de curto, médio e longo prazos, de forma a aumentar a eficiência no transporte público e reduzir o tempo de deslocamento pela cidade.
No ano passado, foram incorporados à frota 20 ônibus com ar condicionado e voltaram à circulação mais quatro veículos articulados em uma linha expressa, do Vetor Oeste para a região Central. Também foram feitos reparos nas coberturas dos sete terminais, que estavam com problemas nas calhas e chovia dentro.
A frota toda possui tecnologia embarcada para o pagamento por aproximação do cartão de crédito e débito, além de presença de tomadas USB e quatro câmeras de segurança em cada ônibus. Além disso, o usuário do transporte coletivo em Jundiaí pode usar o App Já, onde pode carregar o cartão comum de transporte ou mesmo criar uma carteira digital que permite colocar créditos e fazer suas viagens, além de ver a localização do ônibus e planejar o seu deslocamento, a exemplo do que acontece com os veículos por aplicativos.
Antes da pandemia de Covid-19, a média diária de passageiros no transporte coletivo de Jundiaí era de cerca de 110 mil passageiros em dias úteis. No início da pandemia, esse número caiu para até 30 mil passageiros/dia. Atualmente, está em torno de 90 mil. O sistema conta, atualmente, com 87 linhas que atendem praticamente todos os bairros da cidade.
Assessoria de Imprensa
Foto: fotógrafo PMJ
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