Centro das Artes deve ser entregue no aniversário da cidade

Publicada em 08/04/2022 às 18:18

O prefeito Luiz Fernando Machado realizou, na manhã de sexta-feira (08), juntamente com bailarinos, coreógrafos e proprietários de escolas da Dança da cidade, uma vistoria nas obras de revitalização do Centro das Artes, onde está localizada a famosa Sala Glória Rocha de espetáculos. A visita também foi acompanhada pelo vice-prefeito, Gustavo Martinelli, e gestores, além da presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), Rosana Congílio. A previsão de entrega da obra é para dezembro deste ano, para a programação de aniversário da cidade. Além da obra, outros investimentos fazem parte da ação de revitalização do Centro e, ao todo, superam R$ 50 milhões e devem ser concluídas em cerca de cinco anos.

A proposta da visita atende a uma solicitação dos artistas da cidade e faz parte da programação do 24º Enredança, que irá homenagear a artista Glória Rocha com a exposição “Legado de Glória – Memórias da Dança em Jundiaí” no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão.

“Com investimentos de R$ 5,7 milhões, a reforma do Centro das Artes está integrada ao Plano da Prefeitura para a Requalificação e Reabilitação do Centro, devendo em muito potencializá-lo, e está alinhada com a vocação cultural de toda a região central. Será um espaço totalmente adaptado, tanto para a população em geral como para a classe artística, que em muito pôde contribuir com suas considerações”, comentou Luiz Fernando.

A previsão de entrega da obra é para dezembro deste ano, para a programação de aniversário da cidade

Após a reforma, o Centro das Artes irá ganhar uma nova sala de exposições, que era uma demanda da classe artística, além de uma nova sala de espetáculos (com outros 100 lugares, além dos 300 lugares da Sala Glória Rocha), novos camarins, uma cafeteria, uma loja de produtos típicos locais e um espaço de coworking vinculado ao programa Jundiaí Empreendedora. A Sala Glória Rocha terá ainda ampliação do palco, aumento do pé direito com a elevação do forro, elevadores para transporte de cenário e uma cabine de audiodescrição para cegos, a primeira em um teatro da região.

“Para a revitalização do Centro, a Prefeitura deverá investir cerca de R$ 50 milhões nos próximos cinco anos. Junto com as obras urbanísticas dos espaços públicos, existe uma preocupação do Poder Público, de estimular a vocação da região central, onde se encontra este importante corredor cultural que vai da Câmara até o Cemitério, para que as pessoas voltem a ocupar estes espaços. Por isso, convidamos todos vocês que vieram a esta vistoria para que também participem das reuniões para tratar da requalificação do Centro como um todo, a partir desta obra, que deverá ser a primeira a ser entregue”, convidou o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi.

“Na contramão do cenário nacional, que tem visto com tristeza o fechamento dos espaços culturais, a Prefeitura tem investido na revitalização de um de seus espaços culturais mais tradicionais, com uma identidade moderna e com aumento de possibilidades e estruturas para os trabalhadores de Cultura e Economia Criativa”, comentou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni, que conduziu a visita.

“Quando cheguei a Jundiaí, vindo da TV Excelsior para dar aulas de Jazz, este espaço não era entendido como um teatro. Não havia nem iluminação cênica, tínhamos que improvisar com luzes penduradas. E para ajudar nem o Polytheama existia, pois estava fechado. Depois fui diretor de ambos os teatros por oito anos e muita coisa mudou. Tenho muito orgulho de ver esta transformação reafirmando a vocação cultural deste espaço, e de ter como gestor desta pasta o Marcelo Peroni, um ex-aluno meu”, compartilhou Jô Martin, trazendo algumas de suas memórias.

A reforma do espaço está integrada ao Plano da Prefeitura para a Requalificação e Reabilitação do Centro

Depoimentos
“Quando cheguei a Jundiaí, vindo da TV Excelsior para dar aulas de Jazz, este espaço não era entendido como um teatro. Não havia nem iluminação cênica, tínhamos que improvisar com luzes penduradas. E para ajudar nem o Polytheama existia, pois estava fechado. Depois fui diretor de ambos os teatros por oito anos e muita coisa mudou. Tenho muito orgulho de ver esta transformação reafirmando a vocação cultural deste espaço, e de ter como gestor desta pasta o Marcelo Peroni, um ex-aluno meu”, compartilhou Jô Martin, trazendo algumas de suas memórias.

“A Sala Glória Rocha é a minha segunda casa, pois subi a primeira vez neste palco com cinco anos. É um espaço, acima de tudo, aconchegante, prazeroso, que permite muita proximidade e sentir grande calor humano. Revisitar o local, agora perto de ser entregue e cheio de novos potenciais, é motivo de muita emoção”, comentou a bailarina e pianista Monalisa Pizzolato.

“Esta visita me traz uma importante carga emocional. Não só por eu ter começado neste palco, lugar transformador que me permitiu ser quem eu sou hoje, mas também por eu ser a responsável do instituto fundado pela própria Glória Rocha, que dá nome a esta sala de espetáculos. Que as próximas gerações possam ter aqui as oportunidades transformadoras que eu tive”, compartilhou Luana Espíndola.

“O Centro das Artes fez parte da minha infância, pois era onde brincava sempre que vinha buscar minha mãe no trabalho. Foi aqui também que apresentei o primeiro espetáculo sob minha direção. Este lugar me marcou como pessoa e como artista”, comentou Lucas Martinelli, também emocionado.