Atividade no Clube 28 de Setembro trata da importância da Comida e Religiosidade como Patrimônios Culturais.
Publicada em 19/08/2022 às 12:16Por meio da programação do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural 2022 foi realizada no Clube 28 de Setembro uma palestra sobre “Comida e Religiosidade como Memória e Patrimônio Imaterial”. O encontro foi realizado na tarde dessa quinta-feira (18) e contou com as participações como palestrantes da chef e pesquisadora Aline Guedes e das associadas e colaboradoras do Clube 28 Sônia Henrique e Tânia Hipólita dos Santos.
Além dos associados do Clube e interessados em geral, também participaram alguns alunos do Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (CMEJA). As boas-vindas aos participantes ficaram por conta do diretor do Departamento de Patrimônio Histórico da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Elizeu Marcos Franco, e da presidente do Clube 28 de Setembro, Edna Oliveira.
“Este ano, o Mês do Patrimônio chega à sua quinta edição, retornando ao seu formato com atividades presenciais e reforçando o seu papel de ampliar e divulgar conhecimentos a cada vez mais pessoas sobre os patrimônios culturais materiais e imateriais. Nesse sentido, realizamos mais esta atividade e de forma descentralizada, levando esta ideia de preservação a cada vez mais lugares”, declarou Elizeu.
Aline compartilhou sua trajetória de vida e de afeto com a gastronomia. Tratou também de sua pesquisa sobre quilombos remanescentes e sobre como o alimento pode ser uma forma de fomento à preservação cultural como um todo e através de ritos e dos saberes e modos de fazer envolvidos.
Já Sônia e Tânia realizaram uma apresentação sobre a história do Clube 28 de Setembro, que, desde 2016 é considerado um bem imaterial do Município. Na ocasião, apresentaram detalhes sobre a fundação e identidade do clube, além de um resgate histórico e social, por meio de falas de associados e antigos diretores da agremiação. Tânia é servidora municipal da UGC, lotada na Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot, onde é idealizadora da Zumbiteca, iniciativa que, segundo ela, trabalha o empoderamento negro por meio da Literatura.
Uma das participantes foi a cozinheira e empreendedora Rebeca Santana, moradora da Vila Joana. “Decidi participar, pois os projetos a que tenho me dedicado estão muito relacionados à fala da Aline. Sou formada em Letras, mas a vida me levou para a Gastronomia e sempre me questionei por que as referências têm que ser sempre europeias ou americanas, deixando de lado os negros, árabes e indígenas. Por isso, refleti sobre essa marginalização e passei a incluir essas referências em meu trabalho, como forma de promover experiências diferentes aos meus clientes e também de preservar determinados rituais”, comentou, muito satisfeita com a participação na palestra.
Também participou do encontro o aposentado Luiz Alberto Carlos, que é morador do Jardim Ana e é formado em gastronomia. “Para mim esta atividade é muito importante, pois muita gente da cidade não conhece a nossa própria história. Vim a convite da Tânia, pois também sou participante do movimento, e minha família sempre esteve associada a este lugar. Foi aqui que passei minha infância e adolescência. Até a festa de casamento da minha irmã foi neste lugar”.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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