Mês do Patrimônio propõe rodas de conversa na Biblioteca sobre Educação Patrimonial e com moradores da Vila Argos Nova
Publicada em 20/08/2022 às 14:32A programação do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural 2022 trouxe para a sexta-feira (19) duas rodas de conversas temáticas, realizadas no auditório da Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot.
Com as participações especiais dos professores Paulo Roberto Magalhães e Roberta Parizoto, a roda de conversa do período da manhã trouxe como tema de debate Educação Patrimonial – atribuição de valor cultural ao cotidiano. Já a atividade no período da tarde reuniu antigos moradores da Vila Argos Nova, que compartilharam suas histórias e memórias sobre a importante indústria têxtil onde hoje encontra-se o Complexo Argos.
“Em mais uma atividade presencial e com transmissão on-line da programação do Mês do Patrimônio deste ano, trazemos estas pessoas para compartilhar suas histórias, memórias e aspectos de suas relações pessoais com este patrimônio tombado, que é o Complexo Argos, e onde se encontra a Biblioteca, equipamento ligado à Unidade de Gestão de Cultura (UGC)”, declarou o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico,, Elizeu Marcos Franco, ao dar as boas-vindas para a atividade da tarde.
Uma das participantes da roda de conversa foi Maria Inês Ferraz, de 82 anos, que trabalhou na Argos entre os anos de 1954 e 1974 e ainda reside no bairro. “Cheguei à Vila aos sete anos quando as casas eram novinhas e depois que me casei comprei com meu marido uma outra casa também aqui. Hoje estou com 82 anos, portanto, há 75 anos moro aqui. Portanto, sou a moradora mais antiga, ou melhor, a mais velha”, brincou.
E completou. “Eu trabalhei na Argos por 20 anos, dos meus 14 aos 34. Comecei na Sala de Limpeza de Tecidos, onde tínhamos que limpar as imperfeições dos produtos. Depois me formei Técnica de Contabilidade e passei a trabalhar no escritório. A Argos era uma mãe e foi triste ver sua falência. Mas felizmente a Prefeitura tem feito um excelente trabalho aqui”.
A roda de conversa com os moradores da Vila Argos Nova contou com a mediação de Marina Petroni, que é professora de História no Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (CMEJA), cujos alunos também participaram.
Por meio de fotos, documentos e mapas, Marina apresentou dados do livro “Argos: o tecido de uma história”, publicado pela então Secretaria Municipal de Educação, e provocou os participantes a compartilhar suas histórias e memórias sobre a indústria, que foi fundada por Ernesto Diederichsen, funcionou entre os anos de 1913 e 1984, teve mais de 1,5 mil colaboradores em seu auge e foi a responsável pela chegada do jeans ao Brasil.
Marina também apresentou fotos de importantes eventos vinculados à indústria, como as festas de Natal e Páscoa realizados para as famílias dos colaboradores, e apontou em uma foto da primeira metade do século passado pontos atualmente conhecidos por outras funções, como a Seção de Tecelagem de Lã, onde hoje opera o CMEJA; a Seção de Tingimento, onde se encontra o administrativo da Unidade de Gestão de Educação; as Urdideiras, onde hoje estão a TVTEC, o Centro de Línguas e de Tecnologia da Informação e o Instituto Federal; o antigo Depósito, onde hoje está o Centro de Convivência do Idoso (antigo Criju); e por fim, a área dos Galpões de Tecelagem, onde se encontra o prédio da Biblioteca.
Assim como as demais atividades da programação do Mês do Patrimônio, as rodas de conversa contaram com tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e foram transmitidas ao vivo pelos canais da Cultura no Facebook e YouTube.
Os detalhes da programação completa e os conteúdos já transmitidos podem ser conferidos no site.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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