Hanseníase: Janeiro é mês de conscientização
Publicada em 25/01/2023 às 08:00A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. O mês de janeiro, denominado Janeiro Roxo, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da doença e como deve ser feita a prevenção.
Em Jundiaí, a rede de atendimento é completa, desde a suspeita com a realização de teste em Unidade Básica de Saúde (UBS), até tratamento complexos que demandem atendimento hospitalar ou ambulatorial. Atualmente, existem na cidade 10 pessoas com hanseníase, todas em tratamento.
De acordo com a gerente da Nova UBS Agapeama, Cássia Carneiro, o acolhimento é essencial para quem é identificado com a suspeita ou confirmação da doença. “Por ser uma doença estigmatizada, as pessoas não falam sobre o tema e, por isso, podem ignorar sintomas que identificariam a doença no início e não buscam pelo atendimento. O trabalho das equipes da Atenção Primária é essencial para, não somente conscientizar as pessoas, como oferecer o acolhimento e o cuidado necessário para quem está doente”, explica.
Transmissão e prevenção
A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado – principalmente vias respiratórias – . Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas.
O bacilo causador da hanseníase se instala geralmente nas áreas mais frias do corpo, como lóbulo da orelha, ponta do nariz, cotovelos e nos nervos periféricos. Na pele surgem manchas variadas, de coloração vermelha, mais claras, acastanhadas, e que podem se transformar em placas, nódulos, áreas infiltradas, úlceras, calosidades com alteração de sensibilidade. Todos esses sintomas e manchas devem ser investigados, realizando o teste de sensibilidade e a apalpação dos nervos periféricos. Quando o bacilo se instala nos nervos, ele pode causar formigamento, fisgadas, dormência. A sensibilidade começa a ser modificada; primeiro é a térmica, a seguir, dolorosa, e por último, tátil.
Não há prevenção específica contra a doença, porém existem medidas que podem evitar novos casos:
● Diagnóstico e tratamento precoces;
● Exame dos comunicantes que residem ou residiram por mais de 30 dias consecutivos, nos últimos 5 anos, com o paciente sem tratamento;
● Aplicação da vacina BCG nos comunicantes domiciliares do paciente.
Assessoria de Imprensa
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