Fórum Internacional das Infâncias debate garantia da autonomia
Publicada em 23/03/2023 às 10:25Em andamento à programação do Encontro de Cidades das Crianças, promovido pela Prefeitura, o Teatro Polytheama recebeu, na manhã de quarta-feira (22), o 2º Fórum das Infâncias, que teve como tema “Garantir autonomia”.
Um dos eixos do programa municipal Cidade das Crianças, a garantia de Autonomia foi abordada em palestras de Francesco Tonucci e Lorena Morachimo, respectivamente, idealizador e coordenadora de Redes de Cidades das Crianças. Já a mediação ficou por conta da arquiteta e urbanista Ursula Troncoso, responsável pelo Ateliê Navio, escritório especializado nos temas de Infância e Urbanismo e parceira da Rede Urban95, também da qual Jundiaí faz parte.
Ursula iniciou o encontro apresentando o vídeo “Caminhando com Tim Tim”, produzido pelo Instituto Alana, sobre como a vida na cidade afeta o desenvolvimento infantil, e refletiu sobre como a presença do carro na rua tomou conta do entendimento das pessoas sobre planejamento urbano. “Diante disso, uma das formas de pensar essa autonomia das crianças seja as ‘Ruas de Brincar’”, ponderou, ao final do encontro.
Assim como em todas as atividades do Encontro, o Fórum contou com tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e cerimonial a cargo dos integrantes do Comitê das Crianças. Já a apresentação cultural de abertura contou com os jogos e brincadeiras com músicas do coral dos alunos da Emeb Melânia Fortarel Barbosa, do bairro do Poste.
“A autonomia de uma criança começa quando é cortado o seu cordão umbilical. E deixar que as crianças se vão, que estejam sozinhas nas ruas, não é um ato de abandono, mas sim de confiança: ‘Confio tanto em você que deixo você ir’, deve pensar o adulto”, declarou Tonucci.
E acrescentou: “Esta realidade atual, entretanto, em que as crianças perdem sua autonomia, tem trazido custos muito sérios. Custa a elas, pois se não saem não brincam, não descarregam energia e não experimentam o risco e, assim, não se desenvolvem. Custa às famílias, pois se as crianças não saem, nunca os responsáveis por elas irão conhecê-las de verdade, não saberão como lidam com as regras e os combinados. E custa também às escolas, pois se não deixam as crianças brincarem descumprem com o artigo 31 de Convenção dos Direitos delas e porque se elas vêm caminhando à escola, acompanhadas de seus amigos, chegam mais despertas e dispostas a aprender, do que se viessem de carro, com adultos”.
Já Lorena trouxe experiências exitosas na Europa e na América Latina para a garantia de autonomia das crianças, a partir do convencimento das comunidades e vizinhanças envolvidas. Entre os exemplos, o projeto “À escola, vamos sozinhos, ou melhor, com os amigos”, em cidades da Itália e Espanha; o projeto de pontos de encontro para os estudantes de San Martín de los Andes, na Patagônia argentina; os voluntários que atuam no apoio às crianças que se deslocam sozinhas, como os estudantes universitários da cidade espanhola de Huesca e os avós voluntários de Malnate, na Itália; além da importância de os comércios aderirem à causa e se tornarem “amigos das crianças”.
Acompanharam o Fórum os gestores de Cultura, Marcelo Peroni; de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi; de Educação, Vastí Ferrari; de Mobilidade e Transporte, Aloysio Queiroz; e a prefeita de Pelotas (RS), Paula Mascarenhas.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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