Inteligência artificial auxilia HSV a detectar deterioração clínica precocemente e salvar vidas
Publicada em 29/07/2023 às 08:00O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), que presta assistência SUS (Sistema Único de Saúde), é referência para outras instituições de todo o Brasil na utilização de inteligência artificial para a gestão e coordenação dos cuidados de seus pacientes em caso de infecção generalizada (sepse). A parceria com a healthtech Munai nasceu em novembro de 2021 e, desde então, tem sido uma ferramenta essencial para a tomada de decisões rápidas e assertivas, contribuindo para salvar muitas vidas.
“Os investimentos em tecnologia são essenciais para garantir agilidade nos atendimentos. A inteligência artificial utilizada no HSV garante a antecipação de riscos e agravos, resultando em melhor assistência aos usuários. Garantir saúde de qualidade é meta da gestão e o HSV faz parte de todo o trabalho realizado, desde 2017, quando assumimos a gestão, equalizamos as contas do hospital e ele figura entre os mais resolutivos do Estado”, comenta o prefeito Luiz Fernando Machado.
Atualmente a ferramenta está presente nas unidades de internação do Hospital e o próximo passo será os prontos atendimentos. “O investimento em tecnologia e novos equipamentos é essencial para o Hospital São Vicente, que é referência em assistência de Alta Complexidade para uma população de 900 mil habitantes. O HSV está em processo de transformação digital. A parceria com healthtech Munai tem sido mais um passo fundamental neste objetivo, como suporte na tomada de decisão para um atendimento mais seguro e assertivo para nossos pacientes”, destaca o superintendente do HSV, Matheus Gomes.
Conforme sua utilização, a ferramenta tem a capacidade de parametrizar o perfil dos pacientes atendidos no HSV, melhorando mês a mês sua performance. “É capaz de captar os sinais vitais dos pacientes, juntamente com resultados de exames laboratoriais direto do prontuário eletrônico, permitindo detectar a deterioração clínica do paciente de forma precoce. Isso nos permite fazer intervenções, como mudar o antibiótico ministrado, alterar o suporte de vida, melhorando o prognóstico e a evolução desses pacientes”, explica o Diretor Técnico, Marco Aurélio Cunha de Freitas.
A inteligência artificial também auxilia a priorizar os atendimentos nas unidades. A enfermeira coordenadora do departamento da qualidade do HSV, Rafaela Costa, explica que a ferramenta é capaz de avaliar de forma individual a cada paciente. “O robô acompanha o paciente durante toda sua jornada de internação e, a partir de todas as informações coletadas e monitoradas, é capaz de emitir um alerta caso haja o mínimo risco para aquele paciente. Então, além de ajudar a salvar vidas, também permite o gerenciamento da rotina e gestão de dados hospitalares. Ao iniciar um novo plantão, a equipe assistencial pode utilizar a Munai como mecanismo de direcionamento àqueles pacientes que têm maior potencial a complicações”, relata.
Do ponto de vista de uso de recursos, Rafaela também lembra da eficiência na redução de custos de cada internação. “Há uma redução de custos hospitalares devido a diminuição de internação por infecção. A decisão mais rápida, permite atuar antes que o paciente desenvolva uma infecção e assim fica internado pelo tempo estipulado para cuidar de sua doença, e não por sete ou 14 dias devido a um quadro de sepse”, diz. “É uma ferramenta fantástica para a segurança do paciente e da equipe assistencial”, define.
As informações de evolução de cada paciente ficam acessíveis em painéis de controle, com acesso restrito, e emitem alerta com sistema de cores, permitindo uma ação mais rápida por parte da equipe plantonista. O sistema é atualizado automaticamente, de tempo em tempo, e para que tudo isso funcione perfeitamente, é necessário que haja sinergia entre médicos, enfermagem e demais profissionais envolvidos na assistência. Por isso, a cada seis meses, o Hospital realiza a reciclagem do treinamento para uso da ferramenta.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 11 milhões de pessoas morrem ao ano em decorrência da sepse. Dado alarmante que exige evolução preventiva para reduzir esses óbitos. De acordo com a healthtech Munai, a ferramenta reduz o tempo de internação em até 10% e a mortalidade em até 25%.
“Quando acompanhamos de forma presencial, vemos de fato o resultado do trabalho empenhado aqui, o grande potencial que este hospital possui. Para nós é uma honra muito grande fazer parte dessa transformação digital. Visitamos muitos hospitais todos os meses, avaliando tecnologia para implementação da inteligência artificial e percebemos de longe o compromisso do São Vicente. É notório a cooperação de todos, o bom clima organizacional e a gestão forte e eficiente na execução dos projetos. São unidades assim que conquistam os melhores resultados. Estamos muito felizes de estar aqui pessoalmente para discutir as possibilidades e as oportunidades de evolução tecnológica”, compartilhou Cristian Rocha, atual CEO e cofundador da Munai.
A gerente assistencial do HSV, Grace Campos, elogia a eficiência da tecnologia. “De modo geral, muitos sintomas e resultados de exames teriam que ser analisados e cruzados para se concluir que o paciente está propenso a ter um desfecho desfavorável, necessitando de um tempo razoável. Com o robô, temos as informações em tempo real, o que nos permite tomar as medidas mais apropriadas para cada caso em tempo hábil de reversão. Isso representa mais vidas salvas e nós, profissionais da saúde, nos sentimos mais seguros e eficientes com este grande auxílio que a tecnologia nos propicia”, conclui.
De acordo com o superintendente do HSV, Matheus Gomes, a ferramenta também é usada para a tomada de decisões estratégicas, comparativo entre clínicas de internação, reavaliação do processo e eficiência, uma vez que fornece dados completos.
Assessoria de Imprensa HSV
Fotos: Fotógrafos PMJ
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