Educação Infantil de Jundiaí recebe formação para uso pedagógico de tablets em sala de aula
Publicada em 17/04/2025 às 10:30Desde o início do semestre, professores da Educação Infantil II da rede municipal de
Jundiaí têm participado de uma formação específica voltada ao uso pedagógico de tablets
com as crianças. A iniciativa é promovida pela equipe do Núcleo de Apoio às Tecnologias
Educacionais (NATE), integrante do departamento do Centro de Línguas e de Tecnologia
da Informação da Unidade de Gestão de Educação, e tem como objetivo capacitar os
educadores para integrar a tecnologia de forma intencional, segura e alinhada às propostas
curriculares.
Considerando a evolução tecnológica e a presença marcante do digital na vida dos alunos, a formação parte do entendimento de que os professores precisam estar em constante atualização e troca de experiências, refletindo sobre como as ferramentas tecnológicas impactam suas práticas pedagógicas. Nesse contexto, o planejamento da formação busca promover o uso das tecnologias não apenas como apoio, mas como parte integrada ao planejamento pedagógico, estimulando aprendizagens mais dinâmicas, colaborativas e centradas no aluno.

A formação, iniciada em março de 2025, contemplará 28 escolas, alcançando 352
educadores, com impacto direto sobre 7.483 crianças da Educação Infantil II. Para viabilizar esse processo, foram disponibilizados aproximadamente 800 tablets, que já pertenciam à rede, às unidades participantes.
De acordo com Juliana Vidotti, coordenadora do NATE, o curso foi planejado para contemplar tanto a parte técnica quanto a pedagógica do uso dos dispositivos. “Trabalhamos desde os primeiros passos, como ligar o equipamento e fazer login com segurança, até o uso do tablet como ferramenta de aprendizagem, respeitando as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e seu complemento voltado à computação”, explica.
A formação é ministrada pela professora Gleiciene Alves Monteiro, que atua no desenvolvimento de projetos com tecnologia na rede. Segundo ela, os conteúdos foram pensados para ampliar as possibilidades de uso do tablet no cotidiano das salas de aula. “Selecionamos aplicativos que contribuem para o desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem, conectando as experiências que já são realizadas no formato não-plugado com versões digitais”, afirma.
Para as educadoras envolvidas na formação, o uso do tablet dentro da escola difere do uso que muitas crianças já fazem do dispositivo em casa, voltado ao entretenimento. “Na escola, o professor direciona o uso com base em objetivos pedagógicos claros. Ele escolhe o aplicativo ou o recurso, prepara a rotina e acompanha todo o processo de aprendizagem da criança”, destaca Gleiciene.
Na EMEB Ruth Carturan, uma das escolas participantes da formação, a diretora Thailana Aparecida Cunha, que também participou da formação, vê o uso dos tablets como um recurso a ser incorporado com sensibilidade. “Na Educação Infantil, o uso das telas precisa ser pensado com cuidado e com intencionalidade. Nossa proposta não é ter ‘aula de tablet’, e sim utilizar o tablet como mais uma ferramenta dentro de um planejamento maior, que valorize a curiosidade e a investigação das crianças”, explica.
Nesse sentido, ela cita o uso combinado do tablet com outros recursos disponíveis nas escolas. “Com o telescópio digital, por exemplo, as crianças podem explorar detalhes de objetos e superfícies e, com o apoio do tablet, registrar essas descobertas, ampliar imagens ou mesmo fazer comparações. Isso potencializa as investigações que já fazem parte da nossa rotina”, destaca Thailana.

Ela também enfatizou a importância da parte técnica da formação, que ajudou os professores a se sentirem mais seguros com o equipamento. “Desde configurações simples até o uso de QR Codes, tudo foi abordado com muito cuidado. Isso nos deu mais autonomia para explorar os recursos com as crianças”, comenta.
Além de promover o uso consciente da tecnologia, a formação também considera seu potencial para uma educação mais inclusiva. Muitos aplicativos foram escolhidos justamente por auxiliarem no desenvolvimento de crianças com deficiência. Um exemplo citado pela equipe é o “Matraquinha”, voltado para crianças autistas não verbais, que permite a comunicação por meio de cartões digitais interativos.
O acompanhamento do uso dos tablets será feito pelas próprias unidades escolares e a expectativa é de que os educadores passem a se sentir mais confiantes no uso da tecnologia, e que as crianças possam explorar esse recurso de forma consciente, crítica e criativa. “A escola tem um papel fundamental em ensinar as crianças a usarem a tecnologia de forma ética e produtiva, e não apenas como consumidoras de conteúdo”, conclui Juliana.

Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafo PMJ
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