Jundiaí reforça ações de prevenção e alerta para a febre amarela
Publicada em 23/07/2025 às 16:00Com o objetivo de proteger a população e evitar novos casos de febre amarela, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) de Jundiaí intensifica as estratégias de vigilância, controle e conscientização sobre a doença. A febre amarela é uma infecção grave transmitida por mosquitos e pode ser prevenida com a vacinação, principal medida recomendada para moradores e visitantes de áreas com mata.

A gestora da UGPS, Dra. Márcia Facci, reforça a importância de manter o esquema vacinal em dia, especialmente para quem vive ou circula por regiões próximas a áreas de mata. “A vacina é segura, gratuita e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde. Antes de se deslocar para regiões de mata ou áreas consideradas endêmicas, é essencial estar vacinado com pelo menos 10 dias de antecedência. Esse cuidado é fundamental para evitar casos graves da doença”, orienta.
Em 2025, o município registrou dois casos da doença, sendo um óbito de morador local e outro caso de um visitante da cidade que evoluiu para cura. A situação reforça a importância da imunização e do acompanhamento constante das áreas de risco.
Vigilância Ambiental monitora áreas de risco
A Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), vinculada à UGPS, atua no monitoramento e controle da circulação do vírus, com ações como o acompanhamento de animais silvestres, especialmente macacos, que são considerados sentinelas para a detecção precoce da doença.
“Monitoramos sistematicamente os primatas e recolhemos material biológico de animais mortos para análise. Até o momento, não houve detecção recente de febre amarela em primatas no município”, explica o coordenador da VISAM, Luis Gustavo Grijota Nascimento.
Como os casos no estado são classificados como febre amarela silvestre, transmitida por mosquitos que vivem em áreas de mata, não há indicação de controle ativo para essa população de vetores. Ainda assim, a VISAM acompanha com atenção regiões com presença do Aedes aegypti, mosquito que também pode, eventualmente, transmitir o vírus.
A população também desempenha papel fundamental no enfrentamento da doença. “A principal medida é se vacinar. Além disso, ao entrar em áreas de mata, é importante adotar cuidados como o uso de repelentes e roupas adequadas. E, caso encontrem um macaco morto ou com sinais de doença, a orientação é comunicar imediatamente a VISAM”, reforça o coordenador.
A VISAM atua em parceria com outras secretarias e órgãos ambientais, como a Vigilância Epidemiológica, a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT), Fundação Serra do Japi e Associação Mata Ciliar, além do Instituto Adolfo Lutz, responsável pelos exames laboratoriais das amostras coletadas.
Vacinação: principal proteção contra a doença
A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí informa que a vacina contra febre amarela está disponível em todas as 35 unidades básicas de saúde de Jundiaí. A cobertura vacinal entre crianças menores de um ano está em 88,02%, mas a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Em Jundiaí, a recomendação é que toda a população esteja vacinada, inclusive pessoas a partir de seis meses de idade. Grupos como idosos, gestantes e lactantes devem ser avaliados individualmente antes da aplicação. Além da rotina nas unidades de saúde, a VE também realiza a vacinação casa a casa nas áreas rurais para ampliar a cobertura.
Entre os principais sintomas da febre amarela estão febre súbita, icterícia (amarelamento da pele e olhos), hemorragias e sinais de insuficiência hepática e renal. Em caso de suspeita, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico.

Sinalização reforça cuidados em regiões de mata
Como parte das ações preventivas, a cidade instalou placas de alerta em pontos estratégicos de acesso a áreas de mata e bairros próximos, orientando a população sobre os riscos da doença e a necessidade de vacinação.
As placas foram colocadas em locais indicados pelas Unidades Básicas de Saúde Maringá e Eloy Chaves, além da Fundação Serra do Japi, que conhece bem a região. A medida foi adotada após o registro de um óbito de uma pessoa sem registro de vacina que contraiu a doença.
“O objetivo é alertar e informar a população. É importante que essas placas sejam respeitadas e mantidas íntegras, pois servem como fonte essencial de orientação para quem transita pelas áreas de risco”, destaca Grijota.


Assessoria de Imprensa
Fotos: Arquivo PMJ e VISAM
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